‘Gaza está sozinha’, lamenta morador; número de mortos ultrapassa 50 mil

O número de mortos e feridos está aumentando, e a luta humanitária diária só piora, disse Mahmoud Al-ferra, um dos muitos palestinos deslocados

Da redação, com Reuters

Mahmoud Al-Ferra, um dos milhares deslocados em Gaza após a volta dos ataques de Israel / Foto: Reprodução Reuters

“Gaza está sozinha”, disse o deslocado Mahmoud Al-Ferra em resposta às autoridades de saúde palestinas anunciando que a campanha militar de Israel em Gaza matou mais de 50 mil pessoas neste domingo, 23.

“Nós, o povo, não somos culpados, que crime cometemos para perder 50 mil ou 60 mil mártires?”, outro deslocado de Gaza, Ahmed Ouda, acrescentou. “Nós lutamos muito, queremos descansar, queremos ficar em nosso país, queremos conforto.”

Após dois meses de relativa calma na guerra, os moradores de Gaza estão novamente fugindo para salvar suas vidas após Israel efetivamente abandonar o acordo de cessar-fogo, lançando uma nova campanha aérea e terrestre contra o Hamas.

Guerra sem fim

Explosões ecoaram por todo o norte, centro e sul da Faixa de Gaza no início do domingo, quando aviões israelenses atingiram vários alvos nessas áreas no que testemunhas disseram ser uma escalada dos ataques que começaram no início da semana.

Pelo menos 30 palestinos foram mortos em ataques israelenses em Rafah e Khan Younis até agora no domingo, disseram autoridades de saúde. Entre os mortos estavam três funcionários municipais, disseram médicos.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse repetidas vezes que o principal objetivo da guerra é destruir o Hamas como uma entidade militar e governamental. Declarou ainda que o objetivo da nova campanha é forçar o grupo a entregar os reféns restantes.

Israel lançou seu ataque inicial a Gaza depois que combatentes do Hamas invadiram o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, de acordo com contagens israelenses.

Na manhã deste domingo, 23, o Papa Francisco, em seu primeiro pronunciamento oficial desde que deixou o hospital no qual ficou internado por 38 dias, pediu que o processo de paz em Gaza seja retomado.

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