Bitcoin Despenca Quase 20% desde Recorde Histórico em Posse de Trump

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O preço do Bitcoin caiu para menos de US$ 90.000 (R$ 519.300) nesta terça-feira (25), atingindo seu nível mais baixo desde meados de novembro. A queda ocorre em meio a uma ampla liquidação no mercado cripto, após o maior roubo de tokens da história e algumas polêmicas envolvendo meme coins.

Na manhã desta terça, a criptomoeda mais valiosa do mundo era negociada a US$ 88.780 (R$ 512.080), registrando uma desvalorização de quase 7,5% nas últimas 24 horas. O Bitcoin já acumula uma queda de mais de 19% desde que atingiu seu recorde histórico de US$ 109.114 (R$ 629.570), no dia da posse do presidente Donald Trump, em 20 de janeiro.

O Ether, segundo criptoativo mais valioso por capitalização de mercado, teve uma desvalorização ainda mais acentuada, caindo mais de 11% nas últimas 24 horas e chegando a US$ 2.390 (R$ 13.800) na manhã desta terça-feira. Outros tokens populares também sofreram fortes quedas no último dia, incluindo o XRP, da Ripple Labs, que caiu 14,3%, o BNB, da Binance, que perdeu 6,4%, e o SOL, da Solana, que despencou 15%.

Impactos do Meme Coin de Trump

Poucos dias antes de sua posse, presidente dos EUA lançou um meme coin oficial, o $TRUMP, na blockchain Solana. Logo após o lançamento, o preço do token disparou para mais de US$ 75 (R$ 432), com sua capitalização de mercado ultrapassando brevemente US$ 15 bilhões (R$ 86,5 bilhões). No entanto, nesta terça-feira, o token era negociado a US$ 12,90 (R$ 74,50), registrando uma queda de mais de 14% nas últimas 24 horas e acumulando uma desvalorização superior a 82% em relação ao seu recorde histórico.

No momento do lançamento, o site oficial do $TRUMP incluía um aviso de que o token não era “uma oportunidade de investimento, um contrato de investimento ou um valor mobiliário de qualquer tipo”, mas sim uma “expressão de apoio” ao ex-presidente. Ainda assim, diversos executivos do setor cripto alertaram na época que um meme token volátil endossado por Trump poderia prejudicar a reputação da indústria.

Outros Fatores

Fora do caso de Trump, a polêmica mais notória envolvendo meme coins recentemente foi a do presidente da Argentina, Javier Milei, e sua promoção do token $LIBRA. No início deste mês, Milei fez uma postagem no X – que foi posteriormente deletada – promovendo o token e afirmando que ele tinha o objetivo de impulsionar o crescimento econômico do país ao financiar pequenas empresas e startups. Após a publicação, o preço do $LIBRA disparou e sua capitalização de mercado ultrapassou US$ 4 bilhões (R$ 23,1 bilhões).

No entanto, os primeiros investidores do projeto começaram a vender rapidamente suas participações, fazendo com que o preço do token despencasse em um movimento semelhante a um esquema de pump-and-dump. Desde então, Milei tem tentado se distanciar do projeto e minimizou as queixas de investidores que perderam dinheiro, dizendo: “se você vai a um cassino e perde dinheiro, não pode reclamar. Você sabia dos riscos.” O caso levou ao registro de dezenas de processos por fraude contra o presidente argentino.

Outro incidente neste mês envolveu um golpista que se passou pelo primeiro-ministro de Bermudas para promover um falso meme coin chamado Bermuda National Coin. Poucos dias antes da controvérsia de Milei, o presidente da República Centro-Africana, Faustin-Archange Touadéra, lançou seu próprio meme coin como um suposto “experimento” para dar visibilidade ao país, um dos mais pobres do mundo. Desde o lançamento, o valor do token já caiu mais de 97%.

Na semana passada, a corretora Bybit foi alvo de um dos maiores ataques hackers da história das criptomoedas. A empresa anunciou que um invasor conseguiu acesso a uma de suas carteiras frias e roubou cerca de US$ 1,5 bilhão (R$ 8,6 bilhões) em Ether. Apesar do prejuízo, o CEO da empresa Ben Zhou afirmou que a corretora continua solvente e garantiu que, mesmo que os tokens não sejam recuperados, os ativos dos usuários estão seguros.

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