Testes rápidos de dengue: saiba como vai funcionar medida recomendada pelo Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde passou a recomendar o uso de testes rápidos para diagnóstico e fechamento de casos de dengue. De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, foi elaborada uma nota técnica para orientar estados e municípios sobre o uso de testes rápidos para dengue.

Pessoas segurando tubos para coletar água de dentro de balde azul escuro

Brasil registra alta de casos da doença. Larvas do mosquito se proliferam em água parada – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Reprodução

“Já iniciamos a compra para distribuição”, disse Ethel, em entrevista coletiva.

A secretária lembrou que outros testes para diagnóstico de dengue, como o RT-PCR, amplamente utilizado durante a pandemia de covid-19, são mais sensíveis na detecção do vírus.

Entretanto, em meio à explosão de casos de dengue no país, o Ministério da Saúde decidiu recomendar teste rápido para o diagnóstico de dengue com a devida orientação aos profissionais de saúde das redes estaduais e municipais.

Teste rápido da dengue: veja como vai funcionar

De acordo com a coordenadora-geral de Laboratórios de Saúde Pública, Marília Santini, o teste rápido recomendado pelo ministério:

  • Deve ser realizado entre o 1º e o 5º dia de sintomas, período em que a maioria dos pacientes busca um serviço de saúde. Mesmo em casos de resultado negativo, o paciente deve ser monitorado e ações estratégicas, como a hiper-hidratação, devem ser adotadas, reforçou.
  • Para casos graves e mortes suspeitas por dengue, a orientação da pasta permanece sendo a realização de exame laboratorial, e não do teste rápido, uma vez que este tem limitações, como a incapacidade de rastrear o sorotipo de dengue que causou o agravamento do quadro ou o óbito do paciente.

Autoteste x Teste rápido

Marília confirmou também tratativas com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para comercialização de autotestes para dengue no Brasil. A informação foi antecipada pelo diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, em entrevista ao programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

“Tivemos duas reuniões com a Anvisa”, disse Marília, ao detalhar que o teste rápido e o autoteste são essencialmente o mesmo dispositivo, sendo o primeiro é conduzido por um profissional de saúde e o segundo, pelo próprio paciente.

Mosquito que transmite vírus da dengue em cima de pele vista de perto. No canto inferior esquerdo uma mão usando luva azul segura um tubo de ensaio com uma etiqueta escrito "dengue"

Teste para detectar a dengue deve ser feito logo nos primeiros dias de manifestação dos sintomas – Foto: Reprodução

Marília lembrou que, diferentemente do cenário de covid-19, em que o autoteste contribui para interromper a transmissão do vírus por meio do isolamento, o autoteste de dengue não contribui nesse aspecto, já que a doença só pode ser transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti.

“A gente ainda está iniciando uma discussão técnica”.

Medidas de proteção individual

  • Proteger as áreas do corpo que o mosquito possa picar com o uso de calças e camisas de mangas compridas;
  • Usar repelente à base de de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou icaridina nas partes expostas do corpo (também pode ser aplicado sobre a roupa);
  • Utilizar mosquiteiros sobre a cama, telas, em portas e janelas e, quando disponível, ar-condicionado.

*Com informações da Agência Brasil

Adicionar aos favoritos o Link permanente.