Escritora da própria jornada: conheça a história de Edla Zim no Dia Internacional da Mulher

Aos 13 anos de idade, a inquietude de Edla Zim era percebida pelos familiares e amigos. Na década de 1970 a jovem tubaronense se destacara pela sua independência, energia e vontade de fazer as coisas acontecerem. Personalidade que perpetua até os dias atuais na vida da palestrante e escritora de literatura infantojuvenil, destaque nas regiões da Amurel (Associação Municípios Região de Laguna) e AMREC (Associação dos Municípios da Região Carbonífera).

Edla inspira mulheres sorrindo para foto.

Edla é modelo 60+, além de escritora, mãe, esposa e incentivadora da literatura no Sul do Brasil. – Foto: Arquivo Pessoal/Edla Zim/Divulgação/ND

Antes de desbravar as páginas em branco com histórias inspiradoras, divertidas, reflexivas e emocionantes, Zim, começou sua trajetória como consultora de beleza, por sete anos foi bancária e na multinacional Diamante, na época, Tractebel Energia, trabalhou por três décadas: período crucial para Zim redescobrir habilidades, que na verdade, sempre estiveram na essência empreendedora, alegre e fugaz da escritora.

Ainda no período que atuava na multinacional, Zim percebeu a necessidade de trabalhar movimentos inovadores para impactar os colaboradores da empresa, em projetos sociais nas áreas educacional e ambiental. Dentro do ambiente de trabalho e em projetos de extensão, Zim iniciou palestras em localidades de vulnerabilidade social e econômica, com o tempo, o projeto tomou novos rumos “Depois de algum tempo trabalhando em projetos como estágios, comecei com palestras dentro das usinas do Brasil”.

Edla em palestra.

Edla promove palestras em diversos lugares do país, bem como, lançamentos de suas obras em cidades da região Sul. – Foto: Arquivo Pessoal/Edla Zim/Divulgação/ND

Aos 50 anos de idade, uma decisão importante mudou o curso da palestrante “Decidi depois dos 50 que eu não perderia nenhuma oportunidade que a vida me daria, inclusive nos momentos tristes e difíceis. Sempre tem uma forma de tirarmos uma lição”. O universo conspirou e Zim decidiu sair da zona de conforto da atuação na empresa, para abrir o seu próprio negócio como palestrante independente. Se aperfeiçoou em cursos na cidade de São Paulo.

Mas em novembro de 2018, Zim teve a oportunidade expandir os horizontes, “Conheci uma menina chamada Sofia de 13 anos, ela já tinha lançado dois livros. Eu me encantei com aquela menina e com todo o processo de criação”. A partir da nova experiência, Zim iniciou o processo da escrita de seu primeiro livro, lançado no ano seguinte, em outubro de 2019, o livro “A Casa de Lata Quadrada”.

Voluntária da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Expecionais) e da instituição Vida e Arte há 19 anos, Edla também atua em outras entidades.  Além da Associação de Jornalistas e Escritores do Brasil, Zim, integra a Academia Tubaronense de Letras. Também é modelo 60+, “Amo fazer campanhas”.

Colagem Edla em palestras.

Edla é atuante em entidades e escolas da região, com palestras sobre educação e seus livros lançados nos últimos anos. – Foto: Arquivo Pessoal/Edla Zim/Divulgação/ND

Sobre a inserção da obra no ambiente escolar, diz, “No momento que a gente entra na sala de aula para falar do processo criativo e de pesquisa de cada obra literária, as crianças tem a oportunidade de entender o que é ser uma escritora”.

Novos livros e histórias

A escritora revela que sua trajetória é acompanhada por grandes mulheres, destaca que os livros são ilustrados por profissionais femininas. Sobre a próxima obra, Zim, já está com grandes expectativas para “A menina que queria ser tudo”, que deve ser lançado entre os meses de setembro e outubro, “Muitas mães, crianças e família irão se identificar com a história”, diz.

Conheça os livros da escritora que podem ser adquiridos virtualmente no site, clique aqui:

  • A Casa de Lata Quadrada – Descubra junto da pequena Catarina e seus pais os valores de uma boa conversa sobre meio ambiente, família e amizades, e como apreciar as pequenas coisas que aparecem em nossas vidas.
  • 1, 2, 3, 4, 5 mil Cadê Kadu? – Acompanhe Kadu e Maria Luiza enquanto brincam com suas famílias em um almoço de domingo super divertido e descubra o mistério dessa aventura.
  • Sua Majestade: Donna Locomotiva – Conheça a história da Ferrovia Tereza Cristina e da Donna Locomotiva em uma viagem histórica pela tradicional rota ferroviária em várias cidades do sul de Santa Catarina.
  • O Livro de Anita – Para todos os apaixonados por história que queiram descobrir sobre a vida de Anita Garibaldi e sua importância como a Heroína dos Dois Mundos.
  • A Família do Sr Lagarto – Apresenta como protagonistas uma família de lagartos teiús, conhecido como o maior lagarto brasileiro. Delicadamente ilustrado pela aquarelista Tita Tinta, o livro apresenta a família de forma graciosa, além de abordar a importância do respeito, da proteção dos pais, do medo e da harmonia no seio familiar. O respeito pelos animais, fauna e flora são temas abundantes nas mediações entre os contadores de história e as crianças.
  • O Gambazinho Travesso – O livro O Gambazinho travesso apresenta uma simpática família de gambás, o único marsupial brasileiro. O livro além de mostrar situações corriqueiras na vida das crianças, mostra também para o público a importância do animal para o ambiente.

Uma jornada escrita com amor

Edla Zim além de destaque no setor da educação, é mãe e esposa, apaixonada pela família e pelas rodas de conversa com um bom café ao lado das pessoas que ama.

Ela é mãe da publicitária e psicóloga Marina Batista e de Caio Batista, formado em relações internacionais e ciências da computação, ambos com nanismo, “Sempre enfrentamos todo este processo com seriedade e ao mesmo tempo leveza, e acredito que como mãe, acabei inspirando outras, que tiveram filhos com nanismo, inclusive em outros estados”.

Ao lado do esposo e filhos em montagem.

Edla curte momentos ao lado da família e esposo. – Foto: Arquivo Pessoal/Edla Zim/Divulgação/ND

A escritora nos conta que por muitos anos, sofreu o processo de autossabotagem, passou por muitos desafios e traumas da separação. “Me sabotei por 22 anos, mas nada a lamentar, só agradecer”.

Mas com o ditado que carrega desde os 15 anos, escrito em um diário, “O choro pode durar uma noite, mas a alegria sempre vem pela manhã”, Zim encontrou seu grande amor, Alexandre Dutra, e “pai do coração”, da família, “Depois do nascimento de meus filhos e de minha separação que foi muito dolorosa eu recebi de um amigo que também me acompanha nos últimos 33 anos”.

Unir a família e os filhos são o que basta para aquecer o coração da escrita, disposta a criar do imaginário, novos personagens e histórias, ” “O que e traz mais alegria na vida é quando nossos filhos estão reunidos”, finaliza.

 

 

 

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