Empresas fantasmas lavaram dinheiro do tráfico de ‘consórcio’ de facções em SC

Empresas fantasmas eram usadas para lavar o dinheiro do tráfico de quadrilha descoberta na manhã desta quarta-feira (10).

Participaram da operação as polícias civis do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, que desbancaram um “consórcio” criminoso entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Só para se ter uma ideia os supostos bandidos conseguiram movimentar R$ 5 milhões em apenas 15 dias.

Empresas fantasmas lavavam dinheiro do tráfico

Mala cheia de dinheiro encontrada no local de busca e apreensão – Foto: Reprodução/PCSC/ND

A lavagem de dinheiro por empresas fantasmas

No entanto, para que ninguém descobrisse a origem de tanto dinheiro era preciso lavá-lo, ou seja, mostrar de alguma forma ilegal de onde ele estava saindo.

Para isso, algumas empresas fantasmas tiveram papel importante, conforme apontas as polícias civis.

De acordo com as investigações, depois da negociação das drogas, o dinheiro recebido em espécie era destinado para contas de empresas fantasmas para os estados do Paraná e São Paulo, e também para uma casa de câmbio em Santa Cantarina. Todas elas foram alvo de execução de mandado de busca na manhã desta quarta-feira.

Os investigados enfrentam uma série de acusações, incluindo tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse ilegal de armas de fogo, entre outros.


Operação desbanca quadrilha que movimentou R$ 5 milhões em 15 dias – Vídeo: Reprodução/PCSC/ND

O Diretor de Investigações do Denarc/RS (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico do Rio Grande do Sul) ressaltou o compromisso do departamento em combater vigorosamente as organizações criminosas que operam no estado.

No total, foram cumpridos 31 mandados de prisão, 43 de busca e apreensão, 26 bloqueios de contas bancárias e 4 ordens de restrições veiculares em 21 municípios dos quatro estados.

Cachoeirinha (RS);

Canoas (RS);

Gravataí (RS);

Triunfo (RS);

Sapucaia do Sul (RS);

Rio Grande (RS);

Balneário Arroio do Silva (SC);

Balneário Rincão (SC);

Balneário Camboriú (SC);

Criciúma (SC);

Içara (SC);

Itajaí (SC);

Itapema (SC);

Joinville (SC);

Navegantes (SC);

Penha (SC);

Tubarão (SC);

Foz do Iguaçu (PR);

São Miguel do Iguaçu (PR);

Ribeirão Preto (SP);

Itaquaquecetuba (SP).

De dentro da cadeia

Alguns dos membros da quadrilha já estavam na cadeia, mas usavam o dinheiro do tráfico para conseguir privilégios no local. Um deles, mesmo preso em Rio Grande (RS), negociava a venda da droga conhecida como supermaconha ou “skank” para o grupo criminoso.

Segundo informações fornecidas pelo Delegado Rafael Delvalhas Liedtke, da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, as investigações levaram à mais um mandato de prisão para um traficante português, que atualmente cumpre pena em Vale do Souza, em Portugal, mas que mantinha ativa participação no comércio ilegal de drogas por meio das redes sociais.

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