O efeito cascata. Mais deputados federais, mais deputados estaduais e talvez mais vereadores

A aprovação do projeto de lei que cria 18 novas cadeiras na Câmara dos Deputados – de 513 vai para 531 -, como forma de atender a uma determinação do STF, para atualizar o número de bancadas regionais de acordo com a população dos estados, de acordo com o censo populacional, vai provocar efeito cascata nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais, que terão a possibilidade de criar novas vagas também.

Algumas lideranças na Câmara dos Deputados tentaram apenas fazer a redistribuição das cadeiras entre os estados, mas aqueles que perderiam cadeiras reagiram e conseguiram garantir um texto que não houvesse perda de representatividade, mas ampliasse o número de políticos, e, portanto, os gastos.

E a repercussão tende a ser imediata nos estados, pois o número de deputados estaduais está atrelado ao de federais, apesar de esta não ser uma repercussão automática, depende da iniciativa dos parlamentos estaduais. Em Santa Catarina, a Assembleia Legislativa pode, caso a lei federal seja aprovada também no Senado, criar mais quatro cadeiras, indo dos atuais 40 para 44.

E ainda tem as Câmaras Municipais, muitas delas que já poderiam ampliar o número de vereadores, como Blumenau, por conta da população. Algumas tentativas foram feitas recentemente, mas barradas pela repercussão na opinião pública.

A nova lei, caso confirmada, abre mais quatro vagas na eleição do ano que vem para a Câmara dos Deputados e, se bobear, mais quatro na Assembleia Legislativa. É tudo que a classe política poderia querer.

 

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