A Defesa Animal de Florianópolis está de luto. A protetora Raí Valezin morreu, vítima de um enfarte na tarde desta quarta-feira,(7). Pessoa animada, feliz e sempre envolvida com resgates e feiras em favor dos animais. Ela era professora da Educação Infantil no Neim Poeta João da Cruz e Souza, no Campeche, e estava há poucos dias de sua aposentadoria.
Cada uma das protetores que falaram sobre a Raí estavam emocionadas, muito tristes, mas ao falar dela se iluminavam. Uma de suas parceiras e trabalho na Proteção Animal, Luanna Machado, contou que ela havia acabado de resgatar uma cachorra albina, que não raramente é cega e surda, o que era o caso desta. E por conta disso, elas conversaram bastante no dia anterior. Luanna tem um ateliê e estava fazendo uma coleira para a nova protegida da Raí. “Meu deus a Rai era um anjo. Uma querida! Foram muitos resgates!
Rai era professora de educação infantil, e conforme Luanna, o pouco que ganhava, usava para ajudar os animais. “Fazia um trabalho muito bom de castração aqui no bairro do Morro das Pedras. Todo mundo gostava dela! Não tem nada de ruim pra falar dela. Rai era uma pessoa incrível! De coração e alma boa.”
A ex-procuradora do Estado e protetora de animais, Mônica Mateddi, com a morte da amiga e companheira de ideais, contou que havia acabado de rever as mensagens de Raí, enviadas no dia anterior: “Nossa amiga, não tinha visto essa suas últimas mensagem. Vi uma foto sua e fiquei com saudades de você. Como estão as coisas por aí?” perguntou. Mônica contou que tem dezenas de histórias vividas em torno da causa animal. “Um dia fui levar ela para casa depois de uma feira de adoção. E ela além dos cachorros, tinha levado coisas para vender no brechó. Ela tirou a cachorra que estava do carro e as coisas que iria vender, e eu, que estava com a chave na mão e a estava auxiliando, deixei a chave cair no bueiro, Eu, atrapalhada, com vontade de ir no banheiro, mas ainda assim enfiei a mão no ralo, e o meu braço entalou naquele buraco. No final, nós duas sentamos na calçada de tanto rir, mas tudo isso a tempo de eu ir fazer xixi. “
Conforme as histórias sobre Raí Valezin forem aparecendo, continuarei as publicando.
O velório será no Jardim da Paz, na SC 401.
Das 9 da manhã até o meio-dia.