

Trump justifica deportação devido à tatuagem de imigrante, que supôs ser de gangue – Foto: @realDonaldTrump/TruthSocial
Para justificar a deportação de mais um imigrante nos Estados Unidos, Donald Trump publicou, neste sábado (19), uma imagem das tatuagens nas mãos de Kilmar Armando Abrego Garcia em uma rede social.
A publicação reacendeu o embate entre o governo Trump e o Judiciário Americano, que divergem sobre uma série de decisões envolvendo deportações consideradas ilegais. A Justiça tem tentado revogar ações da administração federal, gerando tensão institucional.
Governo reconhece erro em deportação devido à tatuagem
No caso de Garcia, a juíza federal, Paula Xinis, já havia determinado que o governo dos EUA adotasse medidas para retirá-lo de uma prisão em El Salvador e o trouxesse de volta ao território americano.
Após recurso do governo, a Suprema Corte manteve, na sexta-feira (11), a decisão da juíza. Até o momento, porém, Garcia segue detido no mesmo presídio salvadorenho, utilizado pela gestão Trump como parte da política de deportação.
Trump alegou que as tatuagens de Garcia fariam referência à gangue MS-13, originada em Los Angeles, nos EUA, argumento usado para justificar a deportação, apesar de a Justiça ter determinado que o imigrante tinha proteção contra a deportação.

Garcia teve defendida a própria deportação devido à tatuagem – Foto: @acnewsitics/X
Mesmo com as acusações feitas por Trump, a própria defesa do governo reconheceu que houve falha por parte do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA).
“Em 15 de março, embora o ICE soubesse que ele tinha proteção contra a deportação para El Salvador, Abrego Garcia foi removido por erro administrativo”, afirmou o órgão.
Apesar da ordem judicial, o governo americano diz não ter autoridade para exigir que El Salvador devolva o imigrante. Já o país governado por Nayib Bukele afirma que não tem responsabilidade sobre a correção da deportação.