Ouro Lidera Ganho no Trimestre com Alta de 19,49%; Gestora Investo Lança ETF

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O ouro liderou os investimentos no trimestre, com uma valorização acumulada de 19,49% desde o fim de 2024. O metal também foi o melhor investimento no mês de março, com uma alta de 10,79%. “O cenário de incerteza global e aversão ao risco reforçou a atratividade do ouro como ativo de proteção”, diz Einar Rivero, sócio da Elos Ayta.

Apesar da volatilidade e da busca por proteção, o ingresso de recursos internacionais no mercado brasileiro permitiu um bom desempenho para as ações e uma apreciação do real. O dólar Ptax caiu 7,27% e o euro Ptax recuou 3,68%, refletindo a melhora no fluxo de capitais para mercados emergentes e a menor pressão sobre o câmbio. Considerando-se apenas o mês de março, o dólar Ptax recuou 1,82% e euro Ptax subiu 1,92%.

Em termos trimestrais, essa foi a maior desvalorização do dólar Ptax desde o primeiro trimestre de 2022, quando a moeda norte-americana despencou 15,10%.

Renda variável

O índice Small Caps, que inclui as ações de empresas de menor valor de mercado, subiu 8,87% no trimestre, superando a alta de 8,29% do Ibovespa. Segundo a Elos Ayta, essa foi a melhor valorização trimestral do Ibovespa desde o avanço de 15,12% no quarto trimestre de 2023. O IDIV, que inclui as ações de empresas que mais pagam dividendos, também teve uma performance sólida, com alta de 6,19%.

Entre os investimentos de renda fixa e híbridos, o IFIX, que representa o mercado de fundos imobiliários, subiu 6,32%, enquanto o Índice de Mercado Anbima Geral (Ima Geral) registrou avanço de 3,36%. O CDI e a poupança, opções mais conservadoras, tiveram ganhos de 2,94% e 1,88%, respectivamente. O IHFA, que mede o desempenho dos fundos multimercado, fechou o trimestre com leve alta de 1,00%.

Já os investimentos atrelados a ativos internacionais sofreram fortes perdas. O índice BDRX, que mede o desempenho dos Brazilian Depositary Receipts (BDRs), caiu 15,69% no trimestre, afetado pela correção de preços no mercado acionário global e pela valorização do real frente ao dólar. O bitcoin teve o pior desempenho do período, com uma desvalorização de 19,26%, em meio a um cenário de maior regulação e realização de lucros por investidores. No acumulado dos últimos 12 meses até março de 2025, no entanto, o bitcoin ainda mantém um saldo positivo de 34,01%, enquanto o BDRX avança 24,11% e o dólar Ptax sobe 14,93%. O ouro, que dominou o primeiro trimestre, também lidera no acumulado anual, com um impressionante ganho de 40,99%.

Segundo Rivero, o cenário para os próximos meses ainda é desafiador. “O mercado vai acompanhar de perto a trajetória da inflação global, as decisões de política monetária nos Estados Unidos e o desempenho da economia chinesa”, diz ele.

ETF de ouro

Focada na atração do ouro em momentos de crise, a gestora de recursos Investo está lançando o primeiro Exchange Traded Fund (ETF) com lastro em barras de ouro na B3. O ETF, que terá o código GLDX11, segue o ETF OUNZ da gestora VanEck, listado na Bolsa de Nova York.

Segundo Cauê Mançanares, CEO da Investo, o preço do ouro mais do que triplicou em dólares desde 2010, subindo de US$ 1 mil por onça (31,1 gramas) para os US$ 3.157 de fechamento na segunda-feira (31). Em 2024, os contratos de ouro negociados na B3 subiram 21% em dólar. “O GLDX11 é um ativo que visa proteger o poder de compra no longo prazo”, diz Mançanares.

A taxa de administração é de 0,30% ao ano. O fundo, que começou a ser negociado na B3 nesta segunda-feira (31), foi lançado a R$ 100,00.

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