Teresa Cristina tem 3 metros de altura

Tem artistas que, quando sobem ao palco, se transformam. Tomam outra forma, ganham outra grandeza. Lembro de sentir isso pela primeira vez assistindo Maria Bethânia ao vivo, no CentroSul, em 2017. Não fui porque era fã — fui porque era fã do Caetano, e pensei: “é a irmã dele, eu preciso ver”. Saí de lá impressionado. Era como se ela tivesse 3 metros de altura. Talvez 4. Uma gigante em presença, em voz, em potência. Bethânia é um fenômeno.

Guardadas as proporções — e tenho certeza que ela concordaria comigo — Teresa Cristina é essa artista. Mas com uma diferença: eu já era fã.

Teresa foi a trilha sonora das minhas noites pandêmicas. Suas lives diárias me conduziram, me acolheram, me abraçaram nos dias mais difíceis — não só da minha vida, mas do Brasil mpbista, sambista e cultural que esperava por vacina e respeito.

Neste sábado de Maratona Cultural, vi Teresa Cristina ao vivo pela primeira vez. E o que vivi ali foi mais que um show: foi um acontecimento. Um espetáculo poderoso, transformador, arrebatador. Assim como foram suas lives. Mas agora, com três metros de altura. Quatro, talvez.

Teresa Cristina fez um dos shows mais incríveis que eu já assisti — não só da Maratona Cultural, mas da vida. Porque ela não é só uma grande cantora, compositora ou intérprete. Ela é presença. É verdade. É samba. É potência.

E ela disse: “eu volto”. Pois volte, Teresa. A gente te espera. Porque aqui tem verdade. E você também.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.