Mário Motta cobra explicações da PMSC e vai sugerir projeto após relatos de violência policial no Clássico

Torcedores de Avaí e Figueirense ficaram feridos pela ação truculenta dos policiais militares que trabalharam na partida

Mais uma vez, o futebol ficou em segundo plano no clássico entre Avaí e Figueirense. O que era para ser uma noite de festa no Estádio da Ressacada, em confronto válido pelas quartas de final do Campeonato Catarinense, se tornou em um pesadelo para torcedores dos dois times, que ficaram feridos de forma inocente diante da ação truculenta dos policiais militares que trabalharam na segurança da partida.

O deputado estadual Mário Motta (PSD) recebeu centenas de contatos de avaianos e alvinegros que, inconformados com a situação, o procuraram para pedir amparo. O problema é recorrente, já que a cada Clássico Manezinho, seja na casa do Avaí, ou do Figueirense, a violência policial causa ferimentos a quem nada provocou. Diante do cenário, o parlamentar encaminhou nesta quinta-feira, dia 6, um Pedido de Informação ao comando-geral da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) para cobrar explicações sobre os ocorridos.

“Eu já havia recebido muitas mensagens denunciando atitudes desnecessariamente violentas da polícia durante o carnaval, e no jogo de quarta-feira a situação ultrapassou todos os limites. Isso não pode mais acontecer. Pessoas inocentes deixaram o estádio ensanguentadas, com hematomas e marcas de tiros de bala de borracha. O próprio Genilson Alves, ídolo alvinegro, foi um dos atingidos. Mais do que explicações, queremos atitudes do comando da PM, para que essa prática não se repita”, frisa o deputado Mário Motta.

O parlamentar irá sugerir a criação de um projeto, inspirado em iniciativas bem-sucedidas em outros estados, para coibir a violência em partidas de futebol. “A ideia é criarmos uma comissão com a PM para que façamos uma divisão especializada em eventos que tenham um grande número de crianças, idosos e mulheres. Isso está ocorrendo com sucesso no Rio de Janeiro e posso, inclusive, oferecer meios para que a PM se aperfeiçoe. Não vamos apontar dedos e sim ajudar na construção, para que torcedores de todos os times não sofram mais com essas situações. Precisamos dar um basta”, pontua.

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