Hapiness Works: Aproveitar a Vida Ajuda a Ser Feliz no Trabalho

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Aproveitar a vida. Esse é um dos novos conceitos que se destacam quando se pergunta aos profissionais o que eles gostariam que suas empresas ajudassem a tornar realidade. Essa foi uma das conclusões do estudo Happiness Works, realizado em 2022, que questionou as pessoas sobre o que esperavam das organizações diante das transformações no mundo do trabalho após a pandemia.

“Ao analisar os dados, três conceitos se sobressaíram: trabalho flexível, bem-estar e carreira, e aproveitar a vida”, afirma Georg Dutschke, que lidera o estudo. “Os dois primeiros são mais comuns, mas o terceiro – ‘gostaria que a empresa me ajudasse a aproveitar a vida’ – é algo novo e disruptivo.”

Dutschke explica que essa ideia agora tem grande importância para profissionais e empresas. “O trabalho, sendo uma parte essencial da vida, também deve ser prazeroso e contribuir para o bem-estar geral.”

Prioridades no trabalho: bem-estar, tempo e salário

Nos estudos Happiness Works de 2023 e 2024, a organização buscou compreender melhor o significado desse conceito, sua relação com a felicidade no ambiente de trabalho e seu impacto na lucratividade das empresas. “Com base em 8.087 respostas, foi possível observar que os fatores que mais contribuem para aproveitar a vida – e que podem ser oferecidos pelas empresas – são bem-estar para mim e para a minha família (40%), tempo (27%) e salário (33%)”, detalha Dutschke.

A importância desses fatores varia ao longo da vida. Entre os profissionais mais jovens, o tempo tem grande relevância, enquanto, com o passar dos anos, o bem-estar pessoal e familiar ganha mais peso. “É interessante notar que o salário nunca é o fator mais importante, embora tenha impacto direto no bem-estar individual e familiar.”

Com a identificação da importância de “ajudar a aproveitar a vida” e dos aspectos que as empresas devem promover para isso, também se buscou entender como esse conceito impacta a rentabilidade das organizações. Para isso, o estudo analisou sua relação com o absenteísmo, a intenção de deixar a empresa e a produtividade – fatores que podem ser quantificados e influenciam diretamente nos resultados financeiros.

A pesquisa conclui que, nas empresas que mais “ajudam os funcionários a aproveitar a vida” – o que significa oferecer flexibilidade, bem-estar e salários competitivos –, os colaboradores faltam menos (-20%), são mais produtivos (+12%) e, principalmente, têm uma taxa muito menor de intenção de sair da empresa (-91%).

Diante desse cenário, as organizações que adotam essa mentalidade e a colocam em prática por meio de políticas de gestão de pessoas e ações concretas ganham uma vantagem competitiva. “Essas empresas terão mais facilidade para atrair e reter talentos, além de reduzir o absenteísmo e aumentar a produtividade. Sem contar que terão profissionais mais felizes”, conclui Dutschke.

*Matéria publicada originalmente na Forbes Portugal

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