Cobra azul exótica é resgatada no Brasil e recebe nome em homenagem a Rita Lee

Uma cobra azul foi resgatada ao ser encontrada com outros 59 animais em São Paulo. O reptil, agora chamado de Rita Lee, faz uma homenagem à cantora que teve ao longo da carreira forte ligação com os répteis.

A cobra azul é venenosa. - José Felipe Batista/Comunicação Butantan/Reprodução/ND

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A cobra azul é venenosa. – José Felipe Batista/Comunicação Butantan/Reprodução/ND

O réptil estava em condições precárias com outras 59 cobras em um ônibus, que havia saído de São Paulo.  - José Felipe Batista/Comunicação Butantan/Reprodução/ND

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O réptil estava em condições precárias com outras 59 cobras em um ônibus, que havia saído de São Paulo. – José Felipe Batista/Comunicação Butantan/Reprodução/ND

O reptil, agora chamado de Rita Lee, faz uma homenagem à cantora que teve ao longo da carreira forte ligação com os répteis. - José Felipe Batista/Comunicação Butantan/Reprodução/ND

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O reptil, agora chamado de Rita Lee, faz uma homenagem à cantora que teve ao longo da carreira forte ligação com os répteis. – José Felipe Batista/Comunicação Butantan/Reprodução/ND

A ligação de Rita Lee (1947-2023) com as cobras rendeu momentos icônicos na carreira da artista. Um deles foi quando Rita se vestiu de naja para cantar um de seus maiores hits: Erva Venenosa.

Conforme informações do Instituto Butantã, a cobra é uma Trimeresurus insularis de 65 centímetros e pouco mais de 60 gramas. Ela tem olhos vermelhos, como o cabelo de Rita.

Para quem quiser conhecer a Rita pode visitá-la no Museu Biológico, localizado no Parque da Ciência Butantan.

Conheça a história da cobra Rita Lee:

A Trimeresurus insularis chegou ao Butantan em 9 de fevereiro de 2023. A cobra asul foi resgatada na Bahia com outros 59 animais que estavam sendo transportados ilegalmente em um ônibus vindo de São Paulo.

Os animais foram apreendidos pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) e levados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres de Porto Seguro/BA. Após, alguns foram trazidos ao Museu Biológico do Parque da Ciência Butantan.

“Montamos um espaço com galhos de árvores e vegetação semelhante ao habitat natural da espécie para ajudar na adaptação”, contou a pesquisadora científica e coordenadora de manutenção animal do museu, Silvia Cardoso.

Silvia contou que eles esperavam um casal de Trimeresurus insularis. Porém, a fêmea chegou em situação precária ao Butantan e morreu dois dias depois.

Cobra azul

O azul entre as víboras-de-lábios-brancos é considerada incomum, já que a maioria delas é esverdeada.

“Esse padrão ocorre somente em algumas ilhas da Indonésia”, explica o biólogo e herpetólogo do Laboratório de Coleções Zoológicas do Instituto Butantan Francisco Luís Franco.

Ela é perigosa?

Silvia explicou que o veneno da cobra azul é parecido com o das jararacas. “A picada causa necrose, mas não tem efeito neurotóxico, que afeta o sistema nervoso, como o veneno da cascavel”.

“O veneno dela é hemolítico, e por isso destrói as hemácias do sangue, causando hemorragias. É também proteolítico, que causa necrose do tecido, corroendo a pele. Este veneno pode ser cruel sim”, explica Carlos.

Outro problema que envolve acidentes com a serpente é que o soro contra este veneno não está disponível no Brasil, já que a espécie é exótica.

O Butantan, maior produtor de soros antivenenos da América Latina, produz imunizantes contra venenos de espécies brasileiras. Apenas há ampolas disponíveis contra o soro da víbora por ter um exemplar da espécie.

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