As Exchanges de Criptomoedas Mais Confiáveis do Mundo

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O Natal chegou mais cedo para o bitcoin (BTC) neste ano. O lançamento de Exchange Traded Funds (ETF) bateu recordes, graças ao apoio de grandes gestoras de recursos americanas como BlackRock e Fidelity. Esses fundos negociados em bolsa US$ 112 bilhões (R$ 656,4 bilhões) em bitcoin. Além disso, os preços subiram com a eleição de Donald Trump. Em novembro de 2024, o ativo digital ultrapassou a marca de US$ 100 mil (R$ 585 mil). Entusiastas esperam que 2025 seja ainda melhor, com um Congresso americano favorável às criptos e que vai aprovar mudanças legais mais favoráveis ao setor.

Ciclos como esse geram um otimismo desenfreado e uma boa dose de F.o.M.O (fear of missing out ou medo de ficar de fora), mas os investidores devem proceder com cautela. E isso não se refere apenas aos tokens que escolhem para especular. Existem centenas de exchanges de criptomoedas no mundo – basicamente corretoras de varejo – com sites sofisticados, recursos atraentes e promessas de rendimentos, além de garantias para manter seu dinheiro seguro.

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No entanto, nem todas as exchanges e marketplaces de criptomoedas são iguais. Existem diferenças significativas entre os tipos e números de licenças que elas possuem e como protegem seus ativos digitais. Quem foi afetado pelo colapso da FTX em 2022 sabe o quão importante isso pode ser. E nem todas oferecem as mesmas oportunidades de negociação ou cobram os mesmos valores.

As Melhores Opções

A empresa líder no ranking anual de Melhores Exchanges de Criptomoedas da Forbes, que analisou mais de 200 empresas, é a CME Group, com sede em Chicago e avaliada em US$ 85 bilhões (R$ 497,5 bilhões). Embora esse gigantesco mercado de futuros, fundado em 1898 para negociar manteiga e ovos, não seja adequado para a maioria dos investidores de varejo, ela recebeu altas pontuações por sua segurança. No turbulento mundo das criptos, a segurança é fundamental, e o CME Group é altamente regulamentado pela CFTC.

Apesar do mercado de criptomoedas ainda ser uma parte pequena do que é negociado na CME, em 2024, a empresa negociou US$ 1,4 trilhões (R$ 8,19 trilhões) em contratos futuros para ativos digitais como bitcoin ou ether. O CME Group oferece, por exemplo, futuros e opções de micro bitcoin e micro ether, com valores mínimos de US$ 300 (R$ 1.755) para os menores contratos futuros, que podem ser acessados por meio de corretoras tradicionais como Charles Schwab e Fidelity.

Quando se trata de exchanges voltadas para o varejo, a Coinbase, com uma capitalização de mercado de US$ 70 bilhões (R$ 409,5 bilhões), ficou com o segundo lugar no ranking. A empresa é a única grande exchange de criptomoedas listada em bolsa nos Estados Unidos. Seus clientes pagam mais por essa segurança: as taxas e os custos de transação são mais altos. Graças a cerca de 8 milhões de contas ativas, é a maior custodiante de bitcoin do mundo, com 2,4 milhões de bitcoins no valor impressionante de US$ 245 bilhões (R$ 1,43 trilhões) nos níveis atuais de preço. A segurança dos ativos é o recurso mais importante que os clientes de exchanges exigem, de acordo com nossa pesquisa sobre o comércio de criptomoedas no varejo.

A Bitstamp, com sede no Reino Unido, uma exchange global com uma presença significativa na Europa, ficou em terceiro lugar, seguida pela Binance (a maior exchange de criptomoedas do mundo em volume de negociação), em quarto, e a Robinhood, com sede em Menlo Park, predominantemente voltada para ações e opções, ocupando a quinta posição.

A Robinhood, há muito tempo criticada por “gamificar” os investimentos para atrair um público jovem, tornou-se algo como a sede de memes, detendo US$ 15 bilhões (R$ 87,75 bilhões) em Dogecoin (um token inspirado no Shiba Inu) e adicionando o termo “dogwifhat” a uma lista que inclui Shiba Inu, PEPE e BONK.

Além dos meme coins, a Robinhood adquiriu a exchange de criptomoedas com sede em Luxemburgo, Bitstamp, em julho passado por aproximadamente US$ 200 milhões (R$ 1,17 bilhão). No entanto, as empresas continuando a operar separadamente, aguardando as necessárias aprovações do conselho nos próximos meses. Esta aquisição pode ser o início de uma tendência de consolidação para esta indústria altamente fragmentada, à medida que as companhias mais bem-sucedidas tentam se expandir além de seu foco regional.

A Binance, ausente no ranking do ano passado devido a disputas legais, continua sendo uma empresa dominante. Ela afirma ter 245 milhões de usuários registrados e volume médio diário de negociações à vista de cerca de US$ 14 bilhões (R$ 81,9 bilhões) representa quase um quarto do total de US$ 62 bilhões (R$ 362,7 bilhões). A nova equipe de gestão da Binance promete focar mais na conformidade, o que seria um grande avanço para o setor de conformidade de criptomoedas.

A próxima maior exchange, a Bybit, com sede em Dubai, possui apenas US$ 8,2 bilhões (R$ 47,9 bilhões). Já a Coinbase tem um volume médio diário de negociações em criptomoedas de US$ 5,3 bilhões (R$ 31,0 bilhões). As empresas restantes no ranking incluem algumas das mais proeminentes globalmente. Nos Estados Unidos, as principais empresas incluem Kraken, Gemini, Crypto.com e Fidelity. Na Coreia do Sul, as duas principais empresas são Upbit e Bithumb, enquanto no Japão, são Bitbank, bitFlyer e Coincheck, e na Europa, reconhecemos Revolut, bitpanda e Bitvavo.

Juntas, essas empresas detêm cerca de US$ 1,2 trilhões (R$ 7,02 trilhões) em ativos de clientes e, de acordo com a empresa de análise web Similarweb, seus sites foram visitados por um total de 438 milhões de usuários em novembro. Confira o ranking completo de 2025.

#1 CME GROUP
Embora não seja voltado para o varejo, o CME é a maior exchange regulamentada de futuros de bitcoin do mundo. Seu forte desempenho em 2024 fez com que seu volume de negociação em criptomoedas aumentasse em 135% e seu interesse aberto em bitcoin – que representa o valor total de capital vinculado a contratos futuros – crescesse 83%, ultrapassando US$ 20 bilhões (R$ 117 bilhões).

#2 COINBASE
A Coinbase, empresa de capital aberto, custodia mais de 12% de todos os bitcoins em circulação. Na verdade, sua plataforma Coinbase Custody agora detém mais de US$ 300 bilhões (R$ 1,76 trilhões) em ativos digitais, como bitcoin, ethereum e solana. Não é o local mais barato para comprar ou vender criptomoedas, mas sua longa reputação de segurança permite que a empresa cobre um valor premium. No final do ano passado, a Coinbase também se registrou nas Bermudas para competir com empresas como a Deribit no setor de derivativos offshore de criptomoedas.

#3 BITSTAMP
A Bitstamp, com sede em Luxemburgo, tem operações globais, mas é particularmente forte na Europa. A empresa exemplifica muitos dos critérios valorizados na metodologia do ranking: uma grande base de ativos, transparência na propriedade, um histórico de auditoria confiável e uma oferta robusta de produtos em criptomoedas.

#4 BINANCE
As medidas corretivas que a Binance tomou para lidar com falhas anteriores de conformidade lhe garantiram crédito suficiente para retornar ao ranking da Forbes em 2025 e alcançar uma posição no top 5. A empresa é a segunda maior em ativos. Embora não atue ativamente nos EUA, continua sendo a maior em volume de negociações e líder de mercado nos países do BRICS e na Europa. A empresa tem uma franquia nos EUA (Binance.US), mas seu volume é insignificante e não foi ranqueada.

A Binance não divulgou detalhes sobre sua estrutura de propriedade, embora o fundador Changpeng Zhao, que foi recentemente libertado da prisão, provavelmente continue sendo o acionista controlador. A Forbes estima que CZ seja a pessoa mais rica do setor de criptomoedas, com um patrimônio líquido de US$ 65 bilhões (R$ 380,25 bilhões). A empresa ainda não produziu uma auditoria formal, mas publica regularmente instantâneos on-chain dos ativos sob custódia e está trabalhando para realizar sua primeira auditoria oficial.

#5 ROBINHOOD
A Robinhood.com, com sede em Menlo Park, foi uma grande beneficiada pela eleição mais recente de Donald Trump. Seu volume de negociações aumentou 780% em comparação com o ano anterior. O que motivou isso? A empresa facilitou as apostas em resultados eleitorais por meio de novos mercados de previsão e oferece negociações gratuitas em diversas classes de ativos. A Robinhood é o principal marketplace global para memecoins como o dogecoin, com esses ativos crescendo de US$ 6 bilhões (R$ 35,1 bilhões) em outubro para US$ 15 bilhões (R$ 87,75 bilhões) após as eleições.

#6 BITBANK
Uma das três principais exchanges do Japão, a Bitbank (bitbank.cc) exibe uma foto da estrela dos Dodgers, o arremessador Yoshinobu Yamamoto, em sua página inicial. Entre as três empresas japonesas presentes no ranking, a Bitbank se destaca por oferecer baixas taxas de negociação em altcoins populares. Sua posição consistentemente alta também se deve à transparência, às finanças auditadas e à quantidade de criptomoedas sob sua custódia.

#7 UPBIT
A Upbit é uma das duas maiores exchanges de criptomoedas da Coreia do Sul, atendendo a quase 10 milhões de clientes. Está entre as 10 maiores detentoras de bitcoin no mundo. Pertencente a Song Chi-hyung, um dos investidores mais ricos da Coreia do Sul, a exchange prioriza a negociação dos tokens de pagamento XRP e XLM, até mais do que do próprio bitcoin. Os reguladores sul-coreanos estão investigando as práticas de verificação de identidade da empresa após identificarem um grande número de irregularidades na documentação como parte do processo de renovação da licença da Upbit. Em resposta à Forbes, a Upbit afirmou que todas as exchanges domésticas estão sendo revisadas, que nenhuma decisão foi tomada e que as alegadas irregularidades ainda não foram verificadas.

#8 BITGET
Em um golpe de marketing genial, a Bitget fechou uma parceria com o astro do futebol Lionel Messi em outubro de 2022, pouco antes de ele liderar a seleção argentina na conquista da Copa do Mundo daquele ano e, depois, da Copa América em 2024. O resultado dessa campanha de vários anos foi a adesão de dezenas de milhões de contas à exchange. Embora tenha sua base legal nas Seychelles, a maioria dos funcionários está localizada na região de Singapura, segundo o LinkedIn. A Bitget também foi pioneira na popularização do copy trading no setor de criptomoedas, permitindo que os clientes executem automaticamente negociações que imitam as dos melhores investidores. Atualmente, essa atividade representa 20% de todo o volume da exchange.

#9 DERIBIT
Com sede em Dubai, a Deribit é um gigante no mercado offshore de derivativos, onde, assim como no CME, os traders podem apostar no preço futuro dos ativos com alavancagem. A empresa é especializada em opções. A Deribit possui um interesse aberto nominal em criptomoedas — o capital vinculado a contratos de derivativos — superior a US$ 30 bilhões (R$ 175,5 bilhões). Além disso, em 2024, seu volume de negociação cresceu 95%, atingindo US$ 1,2 trilhão (R$ 7,02 trilhões). Sua incursão nos mercados à vista, de futuros e de contratos perpétuos transformou a plataforma em uma espécie de solução completa para seus clientes institucionais. Além disso, a Deribit garantiu suas licenças para operar no mercado à vista e de derivativos em Dubai, um regulador respeitável no setor. A empresa estaria avaliando propostas de aquisição de interessados, incluindo a Kraken, mas disse à Forbes que não está buscando vender a operação.

#10 GEMINI
A recente alta liderada pelo bitcoin elevou as reservas da Gemini em 34% nos últimos seis meses, chegando a US$ 19 bilhões (R$ 111,15 bilhões). A empresa, de propriedade dos bilionários gêmeos Tyler e Cameron Winklevoss, obteve licenças na França e em Singapura, ampliando sua presença internacional em 2024. Apesar dessas mudanças, a exchange reduziu 10% de sua força de trabalho no final de 2024 para manter uma estrutura mais enxuta.

#11 KRAKEN
Com sede nos EUA, a Kraken mantém mais de US$ 30 bilhões (R$ 175,5 bilhões) em ativos de clientes e oferece uma ampla gama de produtos a custos mais baixos do que exchanges como a Coinbase. A empresa tem buscado aquisições estratégicas, com foco especial na criação de um negócio offshore de derivativos.

# 12 REVOLUT
Com sede no Reino Unido, a Revolut é um banco digital privado avaliado em US$ 45 bilhões (R$ 263,25 bilhões) e financiado por investidores como DST Global, TCV, Tiger Global e SoftBank. A empresa mantém mais de US$ 22 bilhões (R$ 128,7 bilhões) em ativos de clientes e atende mais de 50 milhões de usuários em uma variedade de serviços, incluindo pagamentos, poupança, investimentos e criptomoedas. Seu objetivo é se tornar o JP Morgan Chase da nova geração, adotando uma abordagem mobile-first para serviços financeiros integrados. O serviço de negociação de criptomoedas está disponível em uma plataforma web de baixo custo e em uma versão via aplicativo, significativamente mais cara. A maioria dos clientes ainda usa o aplicativo, mas, desde o final de 2024, muitos começaram a migrar para a plataforma Revolut X, que permite a negociação de mais de 200 tokens a custos reduzidos.

#13 CRYPTO.COM
Fundada por Kris Marszalek, Rafael Melo, Bobby Bao e Gary Or, a Crypto.com tem um dos nomes mais reconhecíveis no mundo cripto. A empresa pagou US$ 700 milhões (R$ 4,1 bilhões) pelos direitos de nomeação da arena do Los Angeles Lakers por 20 anos e, em 2024, renovou um patrocínio milionário da Liga dos Campeões da UEFA. Apesar dos investimentos pesados em marketing, métricas indicam que seu crescimento pode estar desacelerando. Dados da Similarweb mostram que o site da Crypto.com teve 2,3 milhões de usuários únicos em novembro, muito abaixo dos 100 milhões que a empresa afirma ter. Informações sobre taxas não estão disponíveis no site dos EUA e também não foram fornecidas à Forbes, mas o CoinGecko estima que seus spreads são de 52 pontos-base, mais do que o dobro dos da Coinbase. O CoinGecko também considera que os volumes relatados pela empresa são altamente inflacionados, aplicando um desconto de 80% a 90%. Soma-se a isso, os dados da Arkham indicam que as reservas da empresa em bitcoin, ethereum e stablecoins caíram de US$ 10 bilhões (R$ 58,5 bilhões) no Natal para US$ 5,7 bilhões (R$ 33,35 bilhões) em meados de janeiro.

#14 FIDELITY
O ano de 2024 foi excepcional para a gigante dos serviços financeiros Fidelity, que administra US$ 15 trilhões (R$ 87,75 trilhões) em ativos de clientes. Seu ETF de bitcoin à vista, o FBTC, completou um ano com US$ 20 bilhões (R$ 117 bilhões) sob gestão. Além disso, a Fidelity Digital Assets mantém US$ 35 bilhões (R$ 204,75 bilhões) em criptoativos, principalmente bitcoin, segundo dados da Arkham. Embora a Fidelity não se considere uma exchange de criptomoedas como a Coinbase, sua plataforma Fidelity Crypto permite a negociação de bitcoin, ether e litecoin com um spread de 1% (100 pontos-base) por transação. A Fidelity Crypto e a Fidelity Investments operam sob regulamentações distintas e os usuários precisam de contas separadas, caso queiram investir no ETF FBTC, manter bitcoins ou ethereums diretamente.

#15 HASHKEY EXCHANGE
Uma divisão do grupo HashKey Digital Asset Group Limited, a HashKey é uma das duas exchanges licenciadas sob o novo regime de ativos digitais de Hong Kong. O grupo controlador é um conglomerado de empresas com uma abordagem regulatória prioritária para operar no setor de criptoativos e investimentos em Web3. Embora ainda pequena – com menos de 150 funcionários entre a HashKey Exchange e sua empresa-irmã HashKey Global –, as exchanges afirmam ter um total de 145 mil clientes de varejo e quase 300 clientes institucionais. Há diferenças marcantes na precificação: a HashKey Exchange cobra uma taxa de negociação de 29 pontos-base e um spread médio de 16 pontos-base, enquanto a HashKey Global, que atende clientes fora de Hong Kong sob licenças separadas, aplica uma taxa de 12 pontos-base e um spread médio de 206 pontos-base.

#16 OKX
Originalmente chamada Ok Coin, a OKX não participou da pesquisa da Forbes, mas sua recente guinada para se tornar uma entidade mais regulamentada e seu tamanho considerável a tornaram digna de inclusão no ranking. A empresa obteve licenças regulatórias na França, Turquia, Dubai, Singapura e Austrália, além de fechar um patrocínio com a equipe McLaren de Fórmula 1. A OKX detém pelo menos US$ 15 bilhões (R$ 87,75 bilhões) em bitcoin e ethereum. Seu site atraiu mais de 22 milhões de visitantes únicos em novembro – um quarto deles provenientes dos Estados Unidos, Itália, Rússia e Egito. Sua oferta de produtos é ampla, enquanto sua estrutura de taxas é bastante atraente, com uma taxa de 10 pontos-base e spreads médios de 21 pontos-base – o terceiro menor custo de negociação entre as entidades regulamentadas.

#17 BYBIT
Com sede em Dubai, a Bybit é outro grande provedor de criptomoedas que frequentemente reporta um dos maiores volumes de negociação e que também tem se ajustado para se tornar mais regulamentado. A Bybit obteve licenças nos Países Baixos, Turquia e Canadá, mas pelo menos um terço de seus 26 milhões de visitantes vem da zona de guerra entre Rússia e Ucrânia, uma região sujeita a sanções dos EUA. Embora a busca por licenças regulatórias tenha se intensificado recentemente, a abordagem anterior da empresa de operar antes de garantir as devidas autorizações resultou em sua inclusão em uma lista negra na França, proibição em Hong Kong e suspensão temporária na Índia. Um dos grandes atrativos da Bybit para os usuários finais tem sido suas baixas taxas, comparáveis às da Binance e OKX.

#18 HTX
Antigamente conhecida como Huobi Global, a HTX tem raízes na China e foi vendida pelo fundador Leon Li para a About Capital Management, uma empresa de investimentos de Hong Kong, em 2022. A About Capital pertence a Justin Sun, fundador da Tron. A HTX obteve licenças na Austrália, Dubai e Lituânia em 2022 e participou da pesquisa da Forbes pela primeira vez, demonstrando seu interesse por maior transparência. No entanto, a empresa ainda não revelou os proprietários beneficiários de sua controladora, nem obteve licenças adicionais ou passou por auditorias financeiras confiáveis para subir no ranking.

#19 BITFLYER
Com sede em Tóquio, a BitFlyer é a exchange que mais custodia criptoativos no Japão, totalizando US$ 4 bilhões (R$ 23,4 bilhões). A empresa cobra taxas de negociação que variam de 0% a 0,1% e é regulamentada no Japão, EUA e Europa. Fundada com o apoio de gigantes financeiros japoneses como Mitsubishi UFJ Capital, SBI Investment e Dai-ichi Life Insurance, a BitFlyer passou por um período de instabilidade interna, mas reempossou seu cofundador Yuzo Kano como CEO após a resolução de uma disputa societária em março de 2023. Kano já declarou planos para abrir o capital da empresa.

#20 SWISSBORG
Como o nome sugere, a SwissBorg tem suas origens na Suíça e foi financiada por um ICO próprio (BORG), que arrecadou US$ 52 milhões (R$ 304,2 milhões) com a participação de 23 mil investidores de varejo. O que diferencia essa pequena exchange da Europa Ocidental é sua busca por regulamentações cripto sólidas – sendo supervisionada pela AMF francesa, equivalente à SEC dos EUA – e sua abordagem de investimento temático em cripto. Seu modelo permite que investidores apliquem, por exemplo, US$ 500 (R$ 2.925) para comprar uma cesta de criptomoedas ligadas a setores como DeFi, memes, games e ativos do mundo real, sem precisar selecionar os ativos individualmente. No entanto, suas taxas são relativamente altas.

#21 COINCHECK
Uma das três principais exchanges japonesas, a Coincheck atualmente custodia mais de US$ 5 bilhões (R$ 29,25 bilhões) em ativos de clientes. Sua oferta é limitada a apenas oito criptoativos negociados contra o iene, com taxas baixas ou inexistentes dependendo do par, mas seu spread de 181 pontos-base é bastante alto. Em dezembro de 2024, suas ações (CNCK) foram listadas na Nasdaq com uma avaliação de US$ 1,2 bilhão (R$ 7,02 bilhões).

#22 BITFINEX
Lançada em 2012, a Bitfinex compartilha a mesma liderança da Tether, empresa responsável pelo stablecoin de US$ 138 bilhões (R$ 807,3 bilhões) que domina a indústria de negociação cripto. Embora a empresa declare as Ilhas Virgens Britânicas como sua sede, o LinkedIn mostra que a maioria de seus funcionários está localizada nos Estados Unidos e no Reino Unido. A Bitfinex possui licenças de países menores, como El Salvador e Cazaquistão, mas dois terços de seu tráfego online vêm de jurisdições onde não é regulamentada: Europa, EUA, Coreia do Sul e Japão. Ainda assim, a Bitfinex Securities conseguiu uma parceria de tokenização com o renomado Lazard Group, gestor de ativos suíço com 175 anos de operação e US$ 245 bilhões (R$ 1,43 trilhão) sob gestão.

#23 BITVAVO
A Bitvavo é uma exchange de criptomoedas baseada nos Países Baixos que atende principalmente seu país de origem, além da Bélgica, Alemanha e Tailândia. A empresa afirma ter 1,5 milhão de clientes ativos, e a Arkham indica que ela custodia mais de US$ 2 bilhões (R$ 11,7 bilhões) em bitcoin e ethereum para seus clientes. Seu considerável volume diário de US$ 545 milhões (R$ 3,19 bilhões) no mercado à vista – maior do que o de exchanges mais conhecidas, como Gemini e Bitfinex – é sustentado por uma taxa baixa e um spread médio que somam cerca de 40 pontos-base.

#24 BITHUMB
Lançada originalmente como btckorea há mais de 10 anos, a Bithumb se tornou a maior exchange da Coreia do Sul em termos de tráfego online e está se preparando para uma possível IPO, que pode ocorrer na Nasdaq (EUA) ou na Kosdaq (Coreia do Sul) no final de 2025. A exchange oferece negociação de 348 criptomoedas e tem sido particularmente ativa nos últimos tempos no meme coin DOGE e no par estável local USDT/KRW. Sua taxa padrão de 25 pontos-base e o spread médio diário de 50 pontos-base a colocam no meio do ranking de concorrentes.

#25 BITPANDA
Com sede em Viena, a Bitpanda é regulamentada como uma empresa de pagamentos, provedora de dinheiro eletrônico e provedora de ativos virtuais na Áustria e na França, o que lhe permite oferecer seus serviços em toda a Europa continental. A exchange combina serviços de criptomoedas com corretagem tradicional de ações, ETFs, índices, metais preciosos e outras commodities. Suas taxas são relativamente altas, cobrando 1,5% de comissão ou taxa mais o spread. No entanto, desenvolveu parcerias estratégicas com grandes bancos alemães, como o Deutsche Bank e o Landesbank Baden-Württemberg, para permitir que seus usuários convertam criptomoedas em moedas fiduciárias e vice-versa por meio do sistema bancário IBAN da Alemanha.

Taxas e Spreads na Negociação de Criptomoedas

Muitos investidores priorizam taxas baixas ao escolher onde negociar criptomoedas. A maioria das exchanges publica online seus preços para vendedores e compradores, conhecidos, respectivamente, como taxas de “maker” e “taker”. No entanto, essas taxas não contam toda a história. Os traders também precisam considerar o spread, que é a diferença entre os preços de compra e venda cotados no livro de ordens. O tamanho do spread varia conforme a exchange e o par negociado, mas uma regra geral é que plataformas com alto volume de negociações tendem a ter spreads menores – e vice-versa.

Nossa pesquisa revelou que o custo médio ponderado de execução no mercado cripto entre as empresas ranqueadas hoje, incluindo o spread, é de 80 pontos-base. Para essa análise, utilizamos os custos de negociação informados por provedores de cripto em seus sites, além de informações sobre spreads médios fornecidas pelo CoinGecko. O teste específico analisou quanto custaria comprar US$ 25 mil (R$ 146.250) em criptoativos sem considerar descontos por volume ou promoções.

Embora as taxas de negociação possam ser relativamente fáceis de controlar, o spread depende da liquidez geral da plataforma. Entre as empresas ranqueadas, o spread médio foi de 64 pontos-base, com Upbit, Coincheck e Bitstamp apresentando os maiores spreads médios, de 241 pontos-base (bp), 181bp e 143bp, respectivamente. Cada cem pontos-base equivalem a um ponto percentual.] Já o spread de 19bp da Coinbase foi um dos mais baixos, ligeiramente melhor que os 21bp da Binance. Há uma grande variação entre as exchanges, e, para um trader que busca a opção mais barata para comprar ou vender cripto, é fundamental avaliar tanto as taxas publicadas quanto o spread.

Custo de Negociação em Relação à Participação no Volume de Negociação

Fonte: Forbes, Coingecko e websites das empresas

O gráfico acima mostra tanto as taxas quanto os spreads, demonstrando que as maiores exchanges por participação de mercado tendem a ter os custos de negociação mais baixos, com exceção da Coinbase. A Robinhood, que atende traders de varejo, adota um modelo de negociação sem taxas, mas os números acima não incluem os spreads, que, no caso da Robinhood, são uma parte fundamental do seu modelo de negócios, pois a empresa vende o fluxo de ordens.

As exchanges dos EUA com mais de uma década de serviço em criptoativos, como Coinbase e Kraken, continuam a atrair alta demanda, apesar dos custos de negociação mais altos. Eventualmente, a compressão das taxas devido à concorrência de empresas como a Robinhood pode levar à redução das tarifas.

Existem várias empresas que oferecem alternativas caras e baratas para usuários frequentes, e a Coinbase e a Revolut são exemplos perfeitos. Os clientes de varejo da Coinbase pagam uma média de 126 pontos-base de taxas. Porém, para reter clientes com menor volume, mas que pagam taxas mais altas, a empresa criou um serviço de assinatura mensal chamado Coinbase One, que elimina as taxas. Os preços variam entre US$ 30 e US$ 300 por mês, dependendo do volume. A maioria dos clientes da Revolut realiza negociações usando o aplicativo tradicional, pagando uma média de 249bp, mas a empresa lançou uma plataforma web chamada Revolut X em alguns países no final do ano passado, com tarifas de 10 pontos-base por negociação, que tem ganhado bastante popularidade.

Geografia das Criptomoedas

De acordo com a medição da Forbes, havia nada menos do que meio bilhão de usuários de criptomoedas no mundo no final de 2024.

Solicitamos a ajuda da empresa de análise de dados web SimilarWeb para nos ajudar a determinar onde estavam localizados os maiores números de traders de criptomoedas. O mapa abaixo fornece uma estimativa da distribuição geográfica dos investidores em criptomoedas.

Visitantes de Cripto
Geolocalização de visitantes únicos para 57 provedores de criptomoedas, em milhões, novembro de 2024: 445 milhões de visitantes únicos no total.

Fonte: Forbes com dados da SimilarWeb

A maior concentração de traders está na região Ásia-Pacífico, com 160 milhões de visitantes. A Europa ficou em segundo lugar, com 134 milhões. Os Estados Unidos e o Canadá somaram outros 56 milhões. A América Latina e o Caribe tiveram 40 milhões de traders, enquanto a África foi a região com menor número, com 18 milhões.

O tráfego para provedores de criptomoedas é altamente concentrado, com 12 empresas classificadas e 3 não classificadas, cada uma com mais de 10 milhões de visitantes únicos. Empresas como Binance, Crypto.com e Bitget exibem proeminentemente o número de “usuários” em seus sites, na casa das dezenas ou centenas de milhões, sem definir o termo. Essas empresas, assim como muitas outras pesquisadas para este estudo, não forneceram números atualizados de contas ativas. No entanto, os dados mensais da SimilarWeb oferecem uma visão mais clara e um número aproximado de usuários consistente entre todas as exchanges.

Essa análise revela que a Binance, por exemplo, teve 75 milhões de usuários únicos (17% do total), em comparação com os 56 milhões da Coinbase (13%). A Robinhood ficou em quarto lugar, com 37 milhões.

As de Poucos Mercados

Além dessas grandes exchanges globais, há alguns provedores que atendem a apenas um ou dois mercados específicos. Os 49 milhões de traders na Coreia do Sul são atendidos principalmente por duas grandes instituições, Bithumb e Upbit, que receberam um total combinado de 70% de todos os visitantes das exchanges de criptomoedas. Grande parte do restante foi para exchanges offshore maiores, como Binance, ByBit e Bitget.

Embora essas exchanges estejam classificadas, nenhuma delas está licenciada para operar na Coreia do Sul. As três principais exchanges que atendem aos 16 milhões de visitantes do Japão são Bitflyer, Coincheck e Bitbank, enquanto os 15 milhões da Alemanha vão para a Bitpanda, com sede na Áustria, juntamente com Bitget e Binance.

Na Índia, a Binance é a maior exchange, respondendo por praticamente todos os 6 milhões de visitantes mensais do país. A maior exchange local em operação no país sul-asiático é a CoinDCX, que recebeu 1,1 milhão de visitantes.

Voltando à América Latina, os 14 milhões de visitantes do Brasil foram principalmente para Binance, Gate.io, com sede em Singapura (que tem um acordo de patrocínio com o astro do futebol Lionel Messi), e Coinbase.

Finalmente, devido às sanções dos EUA, as exchanges americanas como Coinbase, Robinhood e Kraken não têm presença na Rússia. Dado seus 18 milhões de usuários mensais, a Rússia continua sendo um importante centro de negociação de criptomoedas. As maiores exchanges no país são ByBit (6,7 milhões), HTX (3,5 milhões) e Binance (2,4 milhões).

Metodologia usada

A lista de 2025 da Forbes começou com um estudo de vários meses de mais de 200 exchanges de criptomoedas, listadas por fontes como CoinGecko, CoinMarketCap e CryptoCompare. Utilizamos dados de especialistas em análise como Arkham e Defillama para reduzir a lista para exchanges de criptomoedas com ativos significativos. Checagens adicionais para as empresas selecionadas incluíram os produtos oferecidos em seus sites, volume de negociação, volume de tráfego e histórico regulatório, se houver. Em seguida, a Forbes avaliou cada empresa em uma escala de 1 a 10 em nove categorias: BTC+ETH, Transparência, Regulamentação, Custos, Força de Auditoria, Clientes Institucionais, Volume à Vista, Volume de Derivativos e Produtos de Cripto. As pontuações foram então ponderadas e somadas para obter uma pontuação final composta.

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