O Medo Pode Inviabilizar o Futuro do Seu Negócio

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Nos últimos anos, a transformação tecnológica acelerada exigiu das empresas uma postura inédita: o enfrentamento de suas próprias limitações e medos, principalmente o medo do novo. Como presidente de uma empresa de tecnologia no Brasil, tenho observado essa resistência não apenas no ambiente corporativo, mas em toda a sociedade, que ainda hesita, por medo, em aceitar e explorar o potencial revolucionário da tecnologia em muitas de suas formas, como a inteligência artificial e computação em nuvem.

O medo do novo é uma reação comum e que está enraizada em nossa natureza humana. Enfrentar o desconhecido, sair de zonas de conforto e encarar uma realidade diferente nos coloca diante de um futuro imprevisível. E um bom exemplo dessa dualidade entre medo e oportunidade dentro de uma empresa é a adoção de novas ferramentas. Quando se trata de tecnologia, os primeiros medos que aparecem são relacionados à segurança, integração, adaptação dos colaboradores e custo.

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Equilibrando liberdade e risco

Dando um exemplo de uma empresa que enfrentou seus medos em relação à tecnologia, trago o exemplo da CIA. Desde 1977, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos mantém uma colaboração contínua com a Oracle, tornando essa uma das parcerias mais longas da empresa. No último Oracle CloudWorld em Las Vegas, La’Naia Jones, CIO da CIA, destacou em uma conversa com Safra Catz, CEO da Oracle, como a IA generativa e os dados desempenham um papel fundamental na tomada de decisões da agência. A CIA utiliza dados para melhorar sua capacidade de entender adversários e fortalecer a cibersegurança, prevenindo ameaças e reduzindo vetores de ataque. Se eles, que são a maior autoridade em segurança de dados, enfrentaram o medo do novo, acredito que todos os outros negócios também possam dar uma chance.

Ao mesmo tempo, o medo não permite que algumas empresas acompanhem a velocidade e o impacto das profundas mudanças que serão amplificadas pela tecnologia. Quem não ousar abraçar essa complexidade inevitavelmente ficará para trás, preso à modelos tradicionais, que não acompanham o ritmo de crescimento e que não ajudam a escalar.

E o medo nas nossas vidas?

Mas quais são as suas travas de medo? Qual paralelo você faz de aspectos da sua vida pessoal que você sabe que precisa tomar uma atitude e segue adiando, mesmo sabendo que pode te derrubar no futuro?

Acredito que é comum, dentro de nós, carregarmos esse medo de fracassar ou ser criticado, principalmente quando somos a pessoa que toma as decisões. Recentemente, lendo um artigo feito pela McKinsey há alguns anos, me deparei com a informação de que a maioria dos líderes entrevistados concordavam que o medo é, muitas vezes ou sempre, o que impede os esforços de inovação em suas organizações. Essa afirmação ainda me parece muito atual.

Não existe uma fórmula que nos faça deixar de sentir medo, mas a resposta que podemos dar a esse sentimento é a ação. O que você planejou para a sua vida ou carreira está estagnado por conta do medo? Dar o primeiro passo em alguma direção, ainda que de maneira tímida, já é uma ação para combatê-lo e abrir espaço para a mentalidade de crescimento. Erros podem ser cometidos durante o caminho, mas quando são tratados como aprendizado, sem retaliação, se transformam em combustível para inovação.

Supere o medo do novo educando, investindo em treinamentos e workshops para ajudar as equipes a se sentirem mais confortáveis com essa mudança. Ao adotar uma mentalidade aberta e corajosa, afinal, na jornada para o futuro, o risco maior é o de não fazer nada diante das infinitas possibilidades.

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Alexandre Maioral é CEO da Oracle no Brasil, com mais de 25 anos de experiência no mercado de tecnologia e inovação, Alexandre construiu sua carreira focada em desenvolver equipes de alta performance e estabelecer relações pautadas pela confiança entre colaboradores, parceiros e clientes.

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