Domingos Inácio Brazão, detido no domingo (24) sob a acusação de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018, tem um histórico envolvendo violência com arma de fogo, há 37 anos. Durante a festa do seu aniversário de 22 anos, o membro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro interrompeu as celebrações para perseguir um vizinho, que acabou morto.

Domingos Brazão matou vizinho aos 22 anos – Foto: Domingos Peixoto/Reprodução/ND
O crime aconteceu em 8 de março de 1987. Luiz Cláudio Xavier dos Reis confrontou a família de Brazão, acusando um dos irmãos de manter um relacionamento com sua esposa. De acordo com o portal UOL, que teve acesso a documentos da investigação, o caso levou a uma discussão no evento.
Segundo o trecho da denúncia do Ministério Público, obtidas pelo portal UOL: “Encontravam-se as vítimas em uma motocicleta, quando o réu aproximou-se e, de inopino [de repente], acionou a arma contra as mesmas, impossibilitando-lhes a defesa.”
Domingos Brazão atingiu Luiz Cláudio Xavier dos Reis pelo menos uma vez na nuca. O outro homem foi ferido na bochecha, mas sobreviveu. Inicialmente, o político negou qualquer envolvimento no caso, mas diante do reconhecimento por parte de testemunhas, passou a alegar legítima defesa. O julgamento do caso foi adiado por 15 anos e terminou com a rejeição da condenação.
STF mantém prisão de suspeitos por morte de Marielle Franco
Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta segunda-feira (25) manter a prisão dos três suspeitos de planejarem o crime e mandarem matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.
Os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux seguiram o voto do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo e que determinou a prisão preventiva dos três no domingo (24).