Estudo inédito: polícia descobre insetos em cadáveres humanos em SC

A PCISC (Polícia Científica de Santa Catarina) fez uma descoberta inédita ao identificar duas espécies de insetos, Peckia intermutans e Sarcophaga ruficornis, em cadáveres humanos pela primeira vez. Essas espécies, pertencentes à família das moscas-varejeiras, foram descritas em dois artigos científicos recentemente publicados.

Insetos encontrados em cadáveres humanos

Insetos são descobertos em cadáveres humanos

Polícia Científica descobre insetos em cadáveres humanos em SC – Foto: PCISC/Divulgação/ND

O primeiro estudo analisou dados de 21 espécies de insetos forenses em cadáveres humanos em diferentes estágios de decomposição e ambientes variados da região do Planalto Norte catarinense. As coletas foram feitas entre janeiro de 2022 e julho de 2023.

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O segundo artigo descreve um estudo de caso de estimativa do intervalo pós-morte mínimo através de análise entomológica. O estudo envolveu um cadáver masculino preservado, encontrado em São Bento do Sul, na região do Planalto Norte catarinense.

Informações inéditas foram publicadas em dois artigos científicos – Foto: PCISC/Divulgação/ND

Avanços na perícia forense em SC

“Santa Catarina realiza um trabalho pericial muito qualificado em todas as divisões técnicas da PCISC, e as perícias em entomologia forense tem contribuído para se elucidar crimes e agilizar investigações mais complexas. Além disso, nossa gestão tem incentivado os estudos e pesquisas nas áreas forenses, tenho certeza que teremos muito mais descobertas que irão ajudar toda comunidade científica”, destacou a perita-geral Andressa Boer Fronza.

SC tem se destacado na entomologia forense – Foto: PCISC/Divulgação/ND

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Contribuição para a ciência brasileira

Pouco explorada no Brasil, a entomologia forense tem ganhado destaque em Santa Catarina, um dos poucos estados onde a perícia oficial utiliza vestígios entomológicos para estimar o intervalo pós-morte.

“Esses registros de insetos necrófagos de importância forense são extremamente relevantes para as aplicações práticas e demonstram a nossa capacidade técnica para a realização de pesquisas ou estudos científicos.”, afirmou Victor Botteon, chefe da divisão de Entomologia Forense.

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