Uma vida como inspiração, porque acredito em todas nós mulheres. Por Ada de Luca

Por Ada de Luca

Hoje, no Dia Internacional da Mulher, celebro a resiliência das mulheres que, assim como eu, atravessaram e ainda atravessam as diversas fases da vida. Pelo simples fato de sermos mulheres enfrentamos o machismo, o sexismo, lutamos por equidade salarial e independência emocional.

Vivemos e sobrevivemos para contar cada uma de nós a sua história. Unidas, rompemos barreiras e desafiamos a violência.

Violência esta que vivi desde nova, quando presenciei meu pai, Addo Vanio Faraco, deputado estadual, ser cassado pelos militares em 1964, e depois nos anos seguintes enquanto lutava pela democracia em nosso país.

Diariamente enfrentamos o mundo com força, cada uma a sua maneira, vamos transformando a realidade imposta por uma sociedade que já nos chamou de sexo frágil. A verdadeira igualdade só será alcançada quando todas as mulheres, independentemente de origens, tiverem voz e oportunidades iguais.

Por isto insisto tanto em ecoar minha trajetória cada vez que tenho a oportunidade de contá-la. Acredito na mudança pela política, e mais ainda, que uma sociedade melhor passa por mais mulheres na política. Ainda somos poucas, gritamos alto juntas pela defesa e garantia dos nossos direitos, mas ainda não nos encorajamos para entrar num meio dominado pelos homens.

Enquanto eu tiver forças, seguirei na defesa da democracia e das mulheres.

Entendo que o trabalho feito por cada uma de nós é o que fez, faz e fará nossos sonhos de mulher enquanto sociedade se tornarem realidade. Precisamos de mais mulheres nas câmaras municipais, prefeituras, assembleias, órgãos públicos, empresas privadas. Enfim, lugar de mulher é onde ela quiser, e temos competência para isso. E tudo se inicia onde moramos, no quintal da nossa casa. Nos poderes locais.

Cada 8 de março desde 1911 é marcado como um símbolo contínuo de nossa resistência.

Devemos ser a nossa própria inspiração. Somos mulheres e somos capazes. Devemos lembrar também de todas as mulheres que se tornaram símbolos nesta causa.  Podemos citar Frida Kahlo, que afirmava pintar sua própria realidade, e Maria da Penha, que luta até hoje em nome das mulheres vitimas de violência.

Sempre lutei por um futuro onde a igualdade seja a norma, não a exceção. Para isso a representação feminina na política, nos negócios e em todas as esferas precisa crescer. 

Que sigamos desafiando normas, quebrando barreiras e construindo um mundo onde a palavra “impossível” não tenha espaço. Enquanto nós mulheres persistirmos, todos os dias serão nossos. Que este Dia Internacional da Mulher seja um lembrete do poder inesgotável que cada uma de nós possui.


Ada de Luca (MDB) foi deputada estadual por quatro mandatos entre 2007 e 2022.

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