Usina de Santa Catarina utiliza tecnologia para transformar lixo em energia limpa

Usina de Santa Catarina utiliza tecnologia para transformar lixo em energia limpa

Em Santa Catarina um projeto inovador está sendo desenvolvido em Mafra, no norte do estado, e pode se tornar o primeiro do país a transformar lixo em energia limpa – Foto: Versa Engenharia Ambiental/Divulgação

O lixo é um problema Global, e a produção principalmente de resíduos sólidos acontece em quantidades cada vez maiores, impactando diretamente o meio-ambiente e a saúde pública. Mas a interação universidade-indústria-governo se tornou a chave para o desenvolvimento de soluções capazes de minimizar os impactos causados pelo excesso e má destinação do lixo.

Em Santa Catarina um projeto inovador está sendo desenvolvido em Mafra, no norte do estado, e pode se tornar o primeiro do país a transformar lixo em energia limpa. A chamada usina de geração de energia a partir de resíduos sólidos urbanos (RSU) foi construída ao lado do aterro sanitário do Município, operando atualmente com 25 funcionários, iniciativa da Eletrogyx, grupo formado pela Versa Engenharia.

A usina funciona da seguinte forma: os resíduos coletados na região são direcionados para a usina, onde passam por um processo de triagem e preparação. Em seguida, são introduzidos no gaseificador, onde o lixo é transformado em gás sintético.

Esse gás, depois de combusto a 1200 Cº, vai para uma caldeira e um conjunto turbogerador, onde a energia limpa é gerada e, após a transformação, é injetada diretamente na rede elétrica local.

“Com esta planta em Mafra, nossa expectativa é produzir 2,7 MWh hora com o processamento de 120 toneladas de resíduos sólidos urbanos por dia, o que será capaz de abastecer o equivalente ao consumo de 10 mil residências por mês”, destaca Vanderlei Santos (Diretor Executivo da Eletrogyx).

Este tipo de usina traz outros benefícios além de gerar energia. A queima de uma tonelada de resíduos se transforma em apenas 100 quilos de cinzas. Outro ponto é a capacidade de armazenamento de lixo em um aterro. No caso de Mafra, a vida útil do espaço é de aproximadamente dez anos, mas com esse método, poderá ser usado por mais 20 anos.

Além disso, a transformação de lixo em energia, evita que uma nova área de aterro seja criada, pois a usina recebe os materiais que antes iriam para um aterro. A tecnologia usada no gaseificador, foi desenvolvida pela Energia Limpa do Brasil e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligado ao Governo Federal.

Início das operações e novas plantas

Hoje a estrutura de Mafra está em fase de operação, gerando energia elétrica através dos resíduos processados. Mas a empresa já estuda a implantação de outras 5 usinas de reaproveitamento energético de resíduos em áreas localizadas em Santa Catarina e no Paraná.

A concepção do projeto de gaseificação, na qual a usina está baseada, começou em 2012 pela Versa Engenharia. Mas os investimentos e soluções para tratamento de resíduos entregues ao mercado iniciaram ainda na década de 90. Já são mais de trinta anos de trajetória, atuando em 140 municípios das regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil.

 

Adicionar aos favoritos o Link permanente.