Analfabetismo entre pretos em SC cai pela metade; taxa entre pardos e indígenas também reduziu

A taxa de analfabetismo entre pessoas pretas de 15 anos ou mais caiu pela metade no período entre 2010 e 2022, em Santa Catarina, segundo dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na sexta-feira (17).

SC é o estado com a menor taxa de analfabetismo do Brasil – Foto: Freepik/Reprodução/ND

A queda no analfabetismo entre pretos em Santa Catarina saiu de 8,8% em 2010 para 4,4% em 2022. Enquanto no Brasil, no mesmo período, a taxa caiu de 14,4% para 10,1%.

Outra queda expressiva nos índices foi entre o público pardo, que teve redução na taxa de analfabetismo de 8,2% para 4,2%, no Estado. Já entre o grupo de indígenas a queda foi de 11,8% para 8,2%.

• Ainda segundo o IBGE, das 165,2 mil pessoas analfabetas em SC: 103,6 mil são brancas; 48,6 mil pardas; 11,6 mil pretas; mil indígenas; e 190 amarelas.

Homens são mais alfabetizados que mulheres em SC

O levantamento mostra ainda que os homens (97,4%) são mais alfabetizados que as mulheres (97,3%), em SC, na contramão do cenário registrado no país que mostra as mulheres (93,5%) superando a taxa de homens (92,5%).

• Somente em outras quatro Unidades da Federação a taxa de alfabetização dos homens é maior: Paraná, São Paulo, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.

Mulheres em SC têm menor taxa de alfabetização do que homens – Foto: Freepik/Divulgação/ND

Entre as capitais, Florianópolis tem a menor taxa de analfabetismo (1,4%), a frente de Curitiba (1,5%) e Porto Alegre (1,7%). E Santa Catarina é o Estado com maior índice de alfabetização do Brasil (93%), superando o Distrito Federal, que liderava o ranking em 2010.

O analfabetismo entre a população catarinense caiu 18,4% de 2010 a 2022.

Taxas de analfabetismo: veja o ranking por estado

• Alagoas – 17,7%
• Piauí – 17,2%
• Paraíba – 16%
• Maranhão – 15,1%
• Ceará – 14,1%
• Rio Grande do Norte – 13,95%
• Sergipe – 13,8%
• Pernambuco – 13,4%
• Bahia – 12,6%
• Acre – 12,1%
• Tocantins – 9,1%
• Pará – 8,8%
• Amazonas – 6,9%
• Roraima – 6,9%
• Amapá – 6,5%
• Rondônia – 6,5%
• Minas Gerais – 5,8%
• Mato Grosso – 5,8%
• Espírito Santo – 5,6%
• Goiás – 5,5%
• Mato Grosso do Sul – 5,4%
• Paraná – 4,3%
• Rio de Janeiro – 3,3%
• Rio Grande do Sul – 3,1%
• São Paulo – 3,1%
• Distrito Federal – 2,8%
• Santa Catarina – 2,7%