Seja você mesmo (mas não no trabalho)

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A maneira como nos posicionamos no trabalho tem impacto direto nas oportunidades que surgem

Em reuniões de trabalho, você é conhecido por expressar suas opiniões abertamente. Contudo, ao receber um feedback, é alertado de que sua assertividade pode gerar desconforto no resto da equipe. Surge, então, um dilema: manter-se autêntico ou adotar uma persona adaptada ao ambiente corporativo?

Antes de tomar essa decisão, analise o entorno e entenda sua posição dentro dele. “Você precisa conhecer a si mesmo e suas prioridades e flexibilizar suas posições para estar em harmonia com o ambiente”, afirma a especialista em Personal Branding e autora do livro “Marca Pessoal”, Susana Arbex. 

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Ao entrar em um novo emprego ou em uma reunião com clientes, entenda o que é relevante para os outros e evite ser a pessoa que constantemente causa desconforto. Isso pode significar moderar a forma como você expressa suas opiniões, escolher quais batalhas valem a pena lutar e entender quando e como compartilhar suas ideias e feedbacks. “Eu não preciso mostrar tudo o que sou no meu trabalho. Posso escolher qual dimensão será mais construtiva para o ambiente e para minha carreira”, explica Arbex.

Expressar abertamente convicções políticas ou sociais controversas no ambiente de trabalho, por exemplo, pode não ser uma boa ideia, especialmente se elas divergem dos valores corporativos ou das posições de pessoas da sua equipe. “Você não precisa concordar com tudo, mas considere o que o outro espera de você e busque pontos de concordância”, diz Izabela Mioto, especialista em gestão de pessoas e professora da Fundação Dom Cabral.

Isso porque no mundo corporativo, a compreensão das dinâmicas de poder é crucial. A maneira como – e com quem – nos posicionamos tem impacto direto nas oportunidades que surgem. 

Adaptar-se mantendo sua identidade

A adaptação às demandas do ambiente corporativo, embora necessária, pode demandar uma certa carga de energia emocional e impedir o desenvolvimento pleno do profissional. “É um desperdício de energia em relação àquilo que eu desejo, em relação à construção de conexões mais saudáveis”, afirma Mioto.

Por isso, preservar a própria identidade ao buscar o crescimento profissional exige, antes de tudo, autoconhecimento para reconhecer o que precisa ser alterado, o que deve ser valorizado e quais os inegociáveis. “Ao desenvolver autoconsciência, você ganha clareza sobre a direção a seguir e o que ajustar para se alinhar ao seu trabalho”, diz Flávia Faugeres, CEO da Learn to Fly, consultoria voltada ao desenvolvimento de habilidades socioemocionais. Isso inclui identificar habilidades a serem desenvolvidas, elaborar um plano de ação e colocá-lo em prática.

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O equilíbrio entre a autoaceitação e a adaptabilidade é necessário para um desenvolvimento pessoal e profissional sustentável e significativo. “Não se trata de se recusar a mudar, mas de evoluir preservando sua identidade, valores e essência”, afirma Faugeres.

Também é essencial para entender até que ponto podemos – e devemos – compartilhar questões pessoais ou profissionais mais íntimas com colegas e chefes, e a melhor forma de fazer isso. “Minha vulnerabilidade pode levantar um espelho que o outro não dá conta”, diz Mioto, da Fundação Dom Cabral, destacando a necessidade de ser cauteloso ao compartilhar ideias, objetivos e “fraquezas”.

5 passos para encontrar o equilíbrio na sua autenticidade e ter sucesso na carreira:

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