Renda per capita de Santa Catarina cresce 10% em 2023; veja comparativo

A renda domiciliar per capita em Santa Catarina – ou seja, a renda média de um domicílio dividida pelas pessoas que lá habitam – cresceu 10,2% em 2023 em comparação a 2022, atingindo o valor de R$ 2.224, sendo a quinta no ranking nacional, atrás do Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Os dados constam na “Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua) 2023 – Rendimento de todas as fontes”, pesquisa divulgada na última sexta-feira (19) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

notas de R$ 100 ilustram notícia sobre a renda média de Santa Catarina

Renda média de Santa Catarina se tornou a quinta maior do Brasil – Foto: José Cruz/Agência Brasil/ND

O percentual de aumento catarinense ficou abaixo do nacional que, de acordo com o levantamento, cresceu 11,5% em um ano, atingindo o recorde de R$ 1.848 – o maior valor da série histórica da pesquisa, que teve início em 2012. Em relação a 2019 (R$ 1.744), ano que anteriormente possuía o valor máximo da série histórica, a elevação foi de 6,0%. O aquecimento do mercado de trabalho e programas sociais, como o Bolsa Família, teriam contribuído para o avanço nacional.

Segundo o IBGE, os indicadores consideram todas as origens de rendimento, ou seja, além dos provenientes do trabalho, há a categoria outras fontes, que é composta por aposentadoria e pensão, aluguel e arrendamento, pensão alimentícia, doação e mesada de não morador e outros rendimentos.

Pessoas com rendimento

A pesquisa mostra que, tanto pelo trabalho como por outras fontes de renda, 64,9% da população brasileira – ou cerca de 140 milhões de pessoas – tinha algum rendimento no ano passado, contra 62,6% em 2022, de uma população total de 215,6 milhões. Destaque para a região Sul, que teve o melhor registro da série histórica, com 68,8% de sua população tendo algum tipo de rendimento. Por Estado, Santa Catarina, com 69,4%, só fica atrás do Rio Grande do Sul, que lidera o ranking nacional com 70,3%.

“Em todas as grandes regiões, a gente observou a expansão do porcentual da população com alguma fonte de rendimento, sendo que a região Sul apresentou a melhor estimativa de todos os anos da série (68,8%), e as regiões Norte e Nordeste os menores (57,8%)”, informou o analista do IBGE Gustavo Fontes.

Rendimento médio mensal domiciliar per capita por estado

Santa Catarina

  • 2022 – R$ 2.018
  • 2023 – R$ 2.224

Em 2023

  • Distrito Federal – R$ 3.215
  • São Paulo – R$ 2.414
  • Rio de Janeiro – R$ 2.305
  • Rio Grande do Sul – R$ 2.255
  • Santa Catarina – R$ 2.224
  • Paraná – R$ 2.046
  • Mato Grosso do Sul – R$ 1.990
  • Goiás – R$ 1.973
  • Mato Grosso – R$ 1.948
  • Espírito Santo – R$ 1.883
  • Minas Gerais – R$ 1.863
  • Tocantins – R$ 1.544
  • Rondônia – R$ 1.523
  • Amapá – R$ 1.492
  • Roraima – R$ 1.428
  • Rio Grande do Norte – R$ 1.350
  • Piauí – R$ 1.327
  • Paraíba – R$ 1.323
  • Pará – R$ 1.273
  • Sergipe – R$ 1.198
  • Amazonas – R$ 1.166
  • Ceará – R$ 1.140
  • Bahia – R$ 1.129
  • Alagoas – R$ 1.102
  • Pernambuco – R$ 1.099
  • Acre – R$ 1.074
  • Maranhão – R$ 969

Percentual da população de cada região com algum tipo de renda:

  • Sul: 68,8% da população com rendimento em 2023, contra 67% em 2022;
  • Sudeste: 67,6% da população com rendimento em 2023, contra 64,8% em 2022;
  • Centro-Oeste: 65,6% da população com rendimento em 2023, contra 62,6% em 2022;
  • Nordeste: 60,8% da população com rendimento em 2023, contra 59% em 2022;
  • Norte: 57,8% da população com rendimento em 2023, contra 55,9% em 2022.

Pessoas com rendimento na população residente por Estado em 2023:

  • Rio Grande do Sul – 70,3%
  • Santa Catarina – 69,4%
  • São Paulo – 68,6%
  • Minas Gerais – 67,7%
  • Paraná – 67%
  • Goiás – 66,7%
  • Rio de Janeiro – 65,7%
  • Mato Grosso do Sul – 65,6%
  • Espírito Santo – 64,8%
  • Distrito Federal – 64,7%
  • Mato Grosso – 64,4%
  • Tocantins – 63,3%
  • Sergipe – 62,6%
  • Bahia – 62,5%
  • Paraíba – 62,1%
  • Piauí – 61,9%
  • Rondônia – 61,6%
  • Ceará – 61,3%
  • Rio Grande do Norte – 60,5%
  • Pernambuco – 60,3%
  • Alagoas – 60%
  • Pará – 59,1%
  • Amapá – 57,6%
  • Maranhão – 56%
  • Roraima – 54,8%
  • Amazonas – 53%
  • Acre – 51,5%

Participação de cada tipo de rendimento na composição do rendimento médio mensal real domiciliar per capita na região Sul:

  • Todos os trabalhos: 75,6%
  • Aposentadoria e pensão: 17,6%
  • Aluguel e arrendamento: 2,7%
  • Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,8%
  • Outros rendimentos (benefícios sociais): 3,2%
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