De Joinville para as Olimpíadas: Tiro esportivo é tradição na família de Geovana Meyer

As Olimpíadas deixaram de ser uma realidade distante para se tornar palpável para uma jovem joinvilense que não apenas passou a viver o esporte, mas que cresceu praticamente desde o berço dentro da modalidade. Tradição de família, o tiro esportivo passou de diversão para ser a paixão e profissão de Geovana Meyer. Moradora de Pirabeiraba, na zona Norte de Joinville, ela se dedica há anos à modalidade que é “natural” para a família que, agora, tem uma atleta olímpica.

Joinville será representada por Geovana Meyer nas Olimpíadas de Paris

Geovana Meyer estará nas Olimpíadas e pratica o tiro esportivo desde a infância em Joinville – Foto: Luciano Senderski/ND

Os anos de dedicação motivados pelo amor ao esporte não tinham como ter outro desfecho. Hoje, Geovana é sucesso, referência na modalidade, 15ª do ranking mundial e ainda comemora a conquista da vaga para as Olimpíadas de Paris. A passagem para os Jogos Olímpicos foi confirmada na carabina de três posições e veio junto com a medalha de prata conquistada no Campeonato das Américas.

A preparação da atleta de 22 anos envolve alimentação, treinos diários de três horas e preparação física. Afinal, a arma pesa 6kg em provas que duram cerca de 1h30. A prova que Geovana disputará em Paris é uma das que ela atira, além da carabina de ar, e são 60 tiros a uma distância de 50 metros em cada uma das posições: de joelhos, deitada e em pé.

Tiro esportivo desde a infância

Para ela, todo o processo já é natural porque a modalidade faz parte da vida da joinvilense desde a infância.

“Sempre foi influência dos meus pais. Para mim era como se fosse algo normal, como um menino ir jogar futebol com o pai em algum dia da semana. E pra mim foi assim, super familiar porque eu tinha amigas lá, meus pais, meus avós. E quando eu comecei no tiro olímpico foi algo super natural também porque eu gostava muito de fazer”, fala.

Geovana Meyer disputará a prova da carabina três posições – Foto: Luciano Senderski/ND

O amor pelo esporte vem de família e o incentivo também. Enquanto Geovana comemorava a vaga em Buenos Aires, na Argentina, em Pirabeiraba a emoção tomou conta da casa com os pais também celebrando a conquista da filha. Em Paris, o momento dos três será como na infância, com todos juntos, mas desta vez, com a atleta competindo e realizando o sonho de toda a família.

Paixão pelo esporte é tradição de família

“O pai dela gosta, eu gosto e o avô dela por parte de pai também atirava. Meu pai atirava também, então isso vem de gerações e é muito gratificante. Eu acho que a maior conquista dela já foi a vaga porque já é uma conquista fruto do suor e do esforço que ela teve todo esse tempo. Ela disse que lutaria para conseguir essa vaga, então já é uma vitória”, destaca Monica Larsen Meyer, mãe de atleta.

“Quando deu certo foi um sentimento de gratidão, de que aquilo realmente deu certo, de que conseguimos subir aquele degrau”.

A chama olímpica ficou ainda mais intensa no coração da joinvilense em 2022, quando além de conquistar o ouro Sul-Americano, ela bateu o recorde da competição continental.

Geovana conhece cada peça das armas e está sempre preparada para as provas e competições ao redor do mundo. Antes das Olimpíadas ela ainda disputa a Copa do Mundo no Rio de Janeiro, e depois outras duas em Baku e Munique. Mas, o que a surpreendeu foi o carinho recebido após a confirmação de que, agora, ela é uma atleta olímpica.

“Eu estava preparada para a vaga, mas não estava preparada para esse carinho de todo mundo. É algo que eu não estava esperando, mas está sendo muito bom, esse carinho do pessoal sempre querer me dar parabéns. Eu chego nos lugares e querem me abraçar, eu fico muito feliz, me sinto acolhida por todos os joinvilenses”, finaliza.

No calendário de Geovana o dia 1º de agosto já está marcado. É o dia da prova em Paris e enquanto ela estiver do outro lado do oceano concentrada no alvo, cerca de 600 mil joinvilenses estarão na torcida pela atleta olímpica da cidade.

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