

Jair Bolsonaro durante sessão do STF – Foto: ROSINEI COUTINHO/STF/ND
O STF registrou na tarde desta segunda-feira (9) um momento que chamou a atenção: o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, se cumprimentaram com um aperto de mãos pouco antes do começo do interrogatório que investiga uma tentativa de golpe de Estado.
O encontro aconteceu poucos instantes antes de Cid começar a ser interrogado pelo ministro Alexandre de Moraes, que é o responsável pelo caso no STF. Cid foi o primeiro dos oito réus a ser ouvido na sessão.
Fotos divulgadas pelo próprio STF mostram as expressões sérias dos réus, incluindo de Bolsonaro. Também foram registrados cochichos entre os acusados e seus advogados, além de anotações feitas durante o interrogatório no STF.
Durante o interrogatório no STF, o militar confirmou que algumas das acusações feitas pela PGR são verdadeiras. Ele afirmou que “presenciou grande parte dos fatos, mas não participou deles”. Também disse que assinou o acordo de delação premiada de forma voluntária, sem ser pressionado.
Segundo Cid, Bolsonaro leu o texto e pediu modificações específicas, entre elas a retirada das ordens de prisão contra autoridades. O ex-presidente teria “enxugado” a minuta, deixando apenas um nome como alvo de detenção: o próprio Alexandre de Moraes, que, na época, presidia o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Acompanhe o interrogatório no STF:
Quem é ouvido e em que ordem
O primeiro a ser ouvido é Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e um dos delatores do caso. Depois dele, os outros réus prestarão interrogatório no STF em ordem alfabética:
- Alexandre Ramagem – deputado federal e ex-diretor da Abin
- Almir Garnier – ex-comandante da Marinha
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça
- Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
- Jair Bolsonaro – ex-presidente da República
- Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa
- Walter Braga Netto – ex-ministro e ex-candidato a vice-presidente