
Logo no início do pronunciamento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), destacou a voz cansada, com rouquidão e afirmou que voltaria para o Brasil, na noite de domingo (08), mas foi convencido a visitar a Interpol. Segundo Lula, não é comum um presidente da República visitar a sede da entidade.
Também destacou que é a primeira vez que um presidente brasileiro visita a Interpol. Na ocasião, foi assinada a declaração de intenções, entre Brasil e Interpol. O presidente afirmou que a parceria será ampliada no combate ao crime organizado.

Lula, com voz rouca, decide estender agenda e mantém visita a Interpol – Foto: Reprodução Canal Gov/ND
No discurso, o presidente lamentou o avanço de crimes transnacionais e redes de apoio. Defendeu a proteção dos direitos humanos, proteger os mais vulneráveis e ressaltou que a Polícia Federal (PF) está em todos os países da América do Sul, com a criação do Centro de Cooperação Internacional da Amazônia.
Lula é homenageado pela Interpol
Durante o evento da Interpol, o presidente do Comitê Executivo da Interpol, Ahmed Naser Al-Raisi reconheceu o esforço de Lula no combate ao crime organizado e na proteção do Meio Ambiente.
Na ocasião, em reconhecimento a atuação de Lula durante os três mandatos como presidente, Al-Raisi, defendeu a liderança do brasileiro na defesa do Estado de Direito.
Também afirmou que o presidente brasileiro é a voz do Sul Global e que tem defendido a justiça no sentido inclusivo. “Esta mesma visão está na linha da Interpol, defender o Estado de Direito, proteger os mais vulneráveis.”
O presidente do Comitê ressaltou a importância da PF com papel vital na segurança internacional, no combate ao crime organizado. O brasileiro recebeu a medalha da Interpol em reconhecimento a atuação do Brasil no combate ao crime transnacional.

O presidente recebeu homenagem pelo trabalho em defesa da cooperação entre Brasil e Interpol – Foto: Reprodução TV Gov/ND
Já o secretário-geral da Interpol, o brasileiro, Valdecy Urquiza lembrou a atuação da Interpol nos 196 países parceiros, no combate a diversos crimes, como os cibernéticos, exploração sexual, crimes ambientais e lembrou que nenhum país está imune aos criminosos e o avanço da tecnologia.
Urquiza, destacou ainda que a parceria firmada com o Brasil deve servir de exemplo para outras nações ampliarem as cooperações para que o cerco seja fechado para o crime organizado pelos quatro cantos do mundo.
Lula e Urquiza trocaram elogios. De um lado, Lula enaltecendo o novo diretor da Interpol, como orgulho brasileiro em ter o delegado da PF, no mais alto posto da instituição. Já, Urquiza, destacou a presença de Lula no evento considerou o ato, como um marco importante para Interpol e para o Brasil.