
Homem tentou matar a companheira com uma foice enquanto ela dormia – Foto: Divulgação/Pixabay/ND
Um homem foi condenado por tentar matar a companheira com uma foice enquanto ela dormia, doze anos após o crime. O ataque aconteceu em maio de 2013, no município de Galvão, no Oeste de Santa Catarina.
O julgamento do acusado de tentar matar a companheira foi concluído, após denúncia do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina, somente em 2025, mesmo ano em que a mulher sofreu uma nova tentativa de feminicídio pelo homem, com quem tinha voltado a conviver.
Conforme a denúncia do MPSC, o então marido tentou matar a companheira dentro da própria casa, durante a madrugada. O motivo teria sido o descontentamento com a “desobediência” dela.

Homem que tentou matar companheira com golpes de foice é condenado – Foto: Divulgação/Pexels/ND
O crime só não foi consumado porque o filho da vítima e um vizinho conseguiram impedir o agressor de continuar o ataque, retirando de suas mãos a foice.
Homem que tentou matar a companheira teve motivação fútil e covarde
O júri reconheceu a motivação fútil e covarde, já que a vítima estava dormindo e não teve candes de se quer tentar se defender. Ele foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado e foi levado ao presídio.
No júri, o promotor de Justiça, João Augusto Pinto Lima, ressaltou que, em razão da demora do julgamento, a mulher reatou o relacionamento com o agressor, retornando ao ciclo de violência e, em 2025, foi vítima de uma nova tentativa de feminicídio.
Lima utilizou como exemplo o caso de Maria da Penha.”Tanto a Maria da Penha como ela foram vítimas de duas tentativas de feminicídio pelo ex-companheiro em razão da demora do Estado em apurar e punir o crime”, afirmou.

Homem que tentou matar a companheira foi impedido pelo filho da vítima e um vizinho – Foto: Reprodução/Freepik
No caso de Maria da Penha, o promotor lembrou foram oito anos até o primeiro julgamento e 15 anos até a condenação do agressor, que permaneceu solto durante todo esse período.
Já no caso de Galvão, julgado em São Domingos, o júri aconteceu apenas 12 anos após o crime, mas, segundo o promotor de Justiça, com um avanço, já que o acusado saiu preso do plenário, graças à mudança na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que permite a execução imediata da pena após a decisão do Tribunal do Júri.
Denuncie a violência contra a mulher Toda violência doméstica deve ser denunciada sob a Lei Maria da Penha. Se presenciou ou foi vítima, informe as autoridades. Em Santa Catarina, a denúncia pode ser feita de maneira online na Delegacia de Polícia Virtual da Mulher por este link ou pelo WhatsApp (48) 98844-0011. Na Polícia Militar, usa-se o aplicativo PMSC Cidadão. Já por telefone, a denúncia pode ser anônima pelos telefones 181 (Polícia Civil), 190 (Polícia Militar) e 180 (Disque Denúncia).