O Sintraseb anuncia que mais de três mil servidores públicos municipais na assembleia desta terça-feira, reivindicando abertura de negociação em função da data-base, que é maio. Ainda de acordo com o sindicato, a adesão atingiu 75% das escolas, CEIs e unidades de saúde.
A paralisação desta terça cumpriu uma deliberação da categoria em assembleia, que decidiu realizar uma jornada de lutas em defesa dos direitos. O protesto é atribuída a falta de diálogo do prefeito Egídio Ferrari (PL) com a categoria. O sindicato vem solicitando audiência e abertura de negociação desde a posse do prefeito, em janeiro, sem sucesso.
Sem abrir negociação, o governo encaminhou para a Câmara de Vereadores o projeto de lei, já aprovado, prevendo a reposição do INPC de 5,32% nos salários e no auxílio alimentação, na folha de maio, e a equiparação do auxílio-alimentação com o da Câmara de Vereadores, em dezembro. A ação foi considerada um desrespeito e a proposta insuficiente.
No início da tarde, entoando palavras de ordem, os manifestantes tomaram o prédio da prefeitura rumo ao gabinete do prefeito e do secretário de administração, reivindicando “negociação”.
O prefeito Egídio não atendeu, embora presente no prédio. Coube ao secretário de administração, Anderson Rosa, a tarefa de receber a direção do sindicato e a comissão de acompanhamento das negociações.
O encontro resultou na seguinte proposta:
• Primeira reunião de negociação efetiva marcada para o dia 26/5, próxima segunda-feira, com a presença de secretários municipais, procuradoria geral e assessoria jurídica do sindicato;
• Criação de uma força-tarefa imediata para encaminhar questões de combate à violência contra os servidores em seus locais de trabalho;
• Abono do dia de paralisação, sendo considerando duas assembleias, conforme acordo;
A proposta foi apreciada e aprovada por unanimidade pela categoria, que também deliberou pela realização de uma nova assembleia no dia 3 de junho.