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O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta de 0,8% em março na comparação com o mês anterior e encerrou o primeiro trimestre com expansão de 1,3%, segundo dados dessazonalizados divulgados pelo BC nesta segunda-feira (19).
A expectativa em pesquisa da Reuters para o resultado de março era de avanço de 0,5%. Em fevereiro, o IBC-Br registrou um aumento de 0,4%
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 3,5%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um ganho de 4,2%, de acordo com números não sazonalizados.
Segundo Rafael Perez, economista da Suno Research, o crescimento de março foi puxado especialmente pelo desempenho do IBC-Br Agropecuária (+1,0%) e pelo IBC-Br Indústria (+2,1%), enquanto o IBC-Br Serviços (+0,3%) mostrou uma expansão mais moderada.
“O avanço do agro neste começo de ano é resultado das condições climáticas favoráveis, ganhos de produtividade e uma produção recorde de grãos”, afirmou Perez. Segundo a Conab, a safra de grãos em 2024/2025 deve alcançar 330 milhões de toneladas, crescimento de 11% em relação ao ciclo anterior, com destaque para a soja, cuja produção projetada é de 168 milhões de toneladas, alta de 14% na comparação anual.
Indústria
Para o economista, a alta do IBC-Br Indústria parece estar relacionada a um movimento de antecipação por parte das empresas, que buscaram garantir estoques diante da expectativa de aumento nas tarifas de importação a partir de abril. “Esse comportamento pode ter gerado uma demanda sazonal atípica por insumos e produtos industriais. No entanto, essa dinâmica tende a se normalizar nos próximos meses, com possível acomodação da atividade industrial à medida que os efeitos dessa antecipação se dissipem”, disse ele.
Para Perez. “vale ressaltar que, apesar de alguns sinais de desaceleração da economia brasileira, em especial no setor de serviços, a atividade econômica ainda mostra resiliência, apoiada em um mercado de trabalho sólido e no elevado consumo das famílias, o que vêm mitigando os efeitos defasados da política monetária contracionista.”
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