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A surpresa com a eleição de Robert Prevost foi muito lucrativa para alguns apostadores. Eles receberam prêmios generosos por terem indicado o nome do cardeal nascido nos Estados Unidos e com cidadania peruana. O novo papa era considerado um candidato totalmente improvável nos sites de apostas.
No portal Polymarket, baseado em blockchain, seis apostadores lucraram pelo menos US$ 20 mil (R$ 113 mil) com apostas em Prevost, de acordo com um registro de todas as apostas feitas o Polymarket. O maior ganho foi de um apostador apelidado “JustPunched”. Ele ganhou US$ 63,65 mil (R$ 360,3 mil) tendo apostado US$ 1.059,52 (R$ 6 mil). Isso representa um ganho de 5.910%.
O portal de apostas Kalshi, concorrente do Polymarket, disse que um apostador ganhou US$ 52,6 mil (R$ 298,2 mil) tendo apostado apenas US$ 526 (R$ 3 mil)..
Prevost era um candidato improvável em ambos os sites. Às 12 horas (horário de Brasília), apenas duas horas antes do anúncio da igreja sobre sua escolha, sua probabilidade de se tornar papa era de apenas 1,8% no Polymarket e de 1,6% no Kalshi. Ou seja, uma aposta de US$ 170 (R$ 964) teria rendido cerca de US$ 10 mil (R$ 56,7 mil).
A eleição do novo papa movimentou cerca de US$ 40,4 milhões (R$ 230 milhões) em apostas apenas nos sites Kalshi e Polymarket. Em ambos os portais o favorito era o cardeal italiano Pietro Parolin. Pelo menos nove apostadores no Polymarket perderam mais de US$ 10 mil (R$ 56,7 mil) apostando na escolha de Parolin.
Entre os favoritos estavam, além de Parolin, o cardeal filipino Luis Antonio Tagle, apontado por muitos vaticanistas como um nome de continuidade pastoral. Suas probabilidades variavam entre 25% e 33%. Também muito cotado estava o italiano Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha, com probabilidades próximas de 20%, impulsionado por sua atuação como mediador em conflitos internacionais e sua ligação com a Comunidade de Santo Egídio.
Outros nomes populares entre os apostadores também ficaram de fora: o cardeal africano Peter Turkson, que chegou a figurar com probabilidades de 17%, mais uma vez teve seu nome lembrado como potencial primeiro papa negro da era moderna.
O canadense Marc Ouellet, já citado em conclaves anteriores, também era visto como um papável possível, embora suas chances tenham diminuído nos dias anteriores ao voto. E o brasileiro Odilo Pedro Scherer voltou às listas com probabilidade de 6%, reacendendo o desejo de um pontífice latino-americano, mas não avançou entre os principais votados.
As apostas em conclaves papais não têm qualquer influência oficial — e são criticadas por setores mais conservadores da Igreja —, mas refletem a atenção global ao processo e funcionam como termômetro de percepção pública e midiática. Ainda assim, como demonstrou a eleição de Leão XIV, o Colégio dos Cardeais opera por lógicas internas que nem sempre se traduzem nas probabilidades oferecidas por analistas ou apostadores.
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