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Em uma terça-feira de 1990, a Nasa enviou ao espaço um dispositivo que mudaria para sempre o rumo da astronomia. A bordo do ônibus espacial Discovery, no dia 24 de abril, o Telescópio Espacial Hubble foi levado a baixa órbita da Terra, o que possibilitou, pela primeira vez, uma “visão desobstruída do cosmos”.
“Desde sua implantação, a missão do Hubble reescreveu os livros didáticos de astronomia com suas observações do universo. Graças aos serviços de astronautas e às equipes de engenheiros talentosos, o telescópio continua operando em perfeitas condições décadas após o lançamento”, escreveu a Nasa em uma página dedicada aos 35 anos do equipamento.
Com as imagens obtidas por meio do Hubble, cientistas puderam encontrar planetas fora do sistema solar, novas informações sobre a idade do universo, evidências de buracos negros supermassivos e detalhes sobre o comportamento das galáxias.
Confira 10 imagens emblemáticas do Hubble
Lançamento da STS-31 com o Hubble na Baía de Carga
“O Telescópio Espacial Hubble foi lançado em 24 de abril de 1990, a bordo do ônibus espacial Discovery (STS-31), e colocado em órbita terrestre no dia seguinte, marcando o início de seus 35 anos de exploração do cosmos.”
Hubble após o lançamento, com a Terra ao fundo
“Nesta fotografia de 25 de abril de 1990, registrada com uma câmera Hasselblad portátil, é possível ver grande parte do Telescópio Espacial Hubble, do tamanho de um ônibus escolar, suspenso no espaço pelo Sistema de Manipulação Remota da Discovery, após o desdobramento parcial de seus painéis solares e antenas.”
Núcleo e Jato de M87
“Astrônomos relataram em 1992 evidências inéditas da existência de um buraco negro com mais de 2,6 bilhões de vezes a massa do Sol no centro da galáxia elíptica M87, com base em imagens captadas pelo Hubble. As fotos mostram que as estrelas ficam fortemente concentradas em direção ao centro da M87, como se fossem atraídas e mantidas ali pelo campo gravitacional de um buraco negro massivo.”
Nebulosa da Ampulheta
“Esta imagem revela a MyCn18, uma jovem nebulosa planetária, um resquício brilhante de uma estrela moribunda semelhante ao Sol. Os registros despertaram grande interesse pelo pouco compreendido processo de ejeção de matéria estelar que acompanha a lenta morte de estrelas.”
Abell 2218
“Em 2000, após a primeira missão de manutenção (em 1999), o Hubble registrou um aglomerado massivo de galáxias chamado Abell 2218. Localizado na constelação de Draco, a cerca de 2 bilhões de anos-luz da Terra, o conjunto é tão massivo que seu enorme campo gravitacional desvia os raios de luz que passam por ele.”
Nebulosa de Hélix
“Esta fotografia da Nebulosa de Hélix, em forma de espiral, é uma das maiores e mais detalhadas imagens celestes já feitas. O registro mostra uma delicada teia de filamentos no estilo ‘raios de bicicleta’ inserida no anel colorido de gás vermelho e azul. A 650 anos-luz de distância, a Hélix é uma das nebulosas planetárias mais próximas da Terra.”
Nebulosa do Caranguejo
“Esta imagem em mosaico captura a expansão de seis anos-luz de uma supernova. Os filamentos alaranjados são os restos esfarrapados da estrela, compostos principalmente de hidrogênio. A estrela de nêutrons em rotação acelerada, localizada no centro da nebulosa, é o dínamo que alimenta o brilho azul fantasmagórico de seu interior.”
Júpiter e Ganimedes
“O Hubble flagrou a lua Ganimedes, de Júpiter, em um jogo de “esconde-esconde”. Nesta imagem nítida, vemos o satélite momentos antes de desaparecer atrás do gigante gasoso. Composta de rocha e gelo, Ganimedes é a maior lua do nosso sistema solar.”
Campo Profundo Extremo
“O Campo Profundo Extremo foi criado combinando 10 anos de dados do Hubble, coletados de uma região do céu no centro do Campo Ultra Profundo original. Coletando luz fraca por muitas horas de observação, o telescópio revelou milhares de galáxias, próximas e distantes, sendo a imagem mais profunda do universo já feita até então.”
Caldwell 69: Nebulosa da Borboleta
“Caldwell 69 é um exemplo das imagens mais espetaculares do Hubble. Em 2020, o telescópio observou Caldwell 69, também conhecida como NGC 6302 ou “Nebulosa da Borboleta”, para registrá-la em um espectro mais amplo de luz – do ultravioleta ao infravermelho – ajudando os pesquisadores a entenderem melhor as dinâmicas envolvidas em suas “asas” gasosas e multicoloridas.”
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