Web Summit Rio: CloudWalk eleva “salário mínimo” interno com apoio da IA

A CloudWalk, dona da plataforma de serviços financeiros InfinitePay e Jim.com no Brasil, anunciou durante o Web Summit Rio a elevação do seu salário base para R$ 7 mil em posições de entrada, com remuneração total de R$ 10,3 mil ao considerar os benefícios.

Em vigor desde janeiro de 2025, a nova política resultou em aumentos para mais de 200 dos cerca de 600 colaboradores, impulsionados pelos ganhos de produtividade proporcionados pelo uso de agentes de Inteligência Artificial (IA).

“Esse ganho de eficiência gerado pelo uso intensivo de IA permitiu que as pessoas entregassem mais resultados. Nada mais justo do que usar esse ganho para valorizar os colaboradores da CloudWalk e estabelecer uma régua mais elevada para todos”, afirmou Luis Silva, CEO e fundador da companhia.

Com a mudança, todos os profissionais em cargos de analistas contratados desde janeiro passaram a ingressar com o novo patamar mínimo de remuneração.

A medida foi viabilizada pela produtividade alcançada com o uso crescente de mais de 40 agentes de IA desenvolvidos internamente, que atuam em diversas frentes da empresa. No ano passado, a empresa atingiu a marca de US$ 1 milhão de receita por funcionário, um dos maiores indicadores de eficiência por colaborador do mercado.

“Todas as áreas da empresa, de operações e marketing a pessoas, comunicação e produto, trabalham com IA diariamente. Esse é um critério decisivo tanto na seleção de novos talentos quanto no desenvolvimento dos profissionais que já fazem parte do time”, reforça.

Um dos times mais impactados pela nova política foi o de Customer Support Engineering (CSE), responsável por atender chamados dos mais de 4 milhões de clientes da InfinitePay.

Criado há dois anos, o Claudio Walker, agente de IA desenvolvido pelo próprio time, já responde por cerca de 90% dos atendimentos a clientes.

Nesta segunda-feira, dia 28, ele se apresenta no palco central do evento. Em sua fala, traz uma visão provocadora sobre a Inteligência Artificial Geral (AGI): não como um avanço tecnológico inevitável, mas como um novo desenho de sociedade, que exige escolhas culturais e éticas profundas.

“Precisamos garantir que a lógica econômica por trás da AGI não ultrapasse a capacidade da sociedade de absorver e se adaptar a ela. E, acima de tudo, devemos preservar espaço para que os humanos continuem definindo o significado dentro do processo, e não sejam simplesmente reduzidos a métricas de extração de valor”, complementa.

Mesmo com o uso intensivo de agentes de IA em sua operação, a empresa segue expandindo sua equipe. Nos últimos 12 meses, a empresa cresceu seu time em 25%.

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