Pouca gente sabe, mas a ex-deputada estadual catarinense Ada de Luca (MDB) — com mandatos na Assembleia Legislativa de 2007 a 2022 — disputou a sua primeira eleição em Brasília, como candidata vice-governadora do Distrito Federal.
Funcionária concursada do Congresso Nacional e militante do MDB, com história de luta pelas Diretas Já, ela foi convidada pelo partido para ser candidata na primeira eleição do Distrito Federal. Tinha as bençãos do Doutor Ulysses Guimarães, em cujo gabinete trabalhava na presidência da Câmara dos Deputados.
Criado em 1960, até 1990, quando ocorreu a primeira eleição, os governadores e vices eram nomeados pelo presidente da República.
Ada foi candidata num chapa liderada pelo PL, do ex-governador Elmo Serejo Farias. Ele havia sido governador nomeado pelo ex-presidente João Figueredo, na ditadura militar. A chapa Elmo e Ada acabou derrotada, mas protagonizou um fato pitoresco para a nossa história política.
Feitas as convenções, firmadas as coligações, tiradas as fotos, Ada chegou no comitê e teve uma grande surpresa. Quando viu o material de campanha não sabia se sorria ou chorava. A turma do comitê ria. Em todo o material estava escrito em letras grandes “Elmo governador” e em letras ou pouco menores “Vice Ada”.
Ainda bem que o cacófato foi visto a tempo e o material não foi pra rua.
A campanha acabou atrasando, por que todas as placas, camisetas (naquela época eram feitas placas e camisetas) e o santinhos fossem refeitos. O marqueteiro não foi demitido porque tudo aconteceu em cima da hora e a campanha precisava ir para a televisão.
