Defesa sólida do Brusque pode ser a melhor arma para a sequência da Série C

Brusque Guarani Série C

A quantidade de gols que o Brusque sofreu até aqui em 2025 é pequena: apenas nove, em 16 jogos. É o principal destaque do time comandado por Filipe Gouveia. Não é perfeita, não é imune a falhas. Mas é sólida e pode ser muito eficaz, especialmente no universo da Série C.

Contra o Guarani, o primeiro tempo foi preocupante. Um time um pouco melhor que o Bugre teria aproveitado uma, duas ou mais chances da entrada da área, quando o Brusque perdia quase muitas segundas bolas e cometia alguns vacilos. Isto pode servir de alerta para correções futuras.

As ameaças só diminuíram quando consideravelmente a partir das mudanças de Filipe Gouveia, com Roberto no lugar de Diego Mathias. Mas a verdade é que o Guarani não tinha qualidade chutando ao gol e, a partir dos ajustes brusquenses, seria muito difícil levar o empate.

O ataque até cria oportunidades, mas segue com problemas de finalização e de definição das jogadas, naquele último momento antes do chute a gol. Compensando esta dificuldade, está uma defesa que pode ajudar muito a segurar vitórias e empates ao longo da Série C. A segurança deve aumentar quando novos componentes do meio-campo, como Jean Mangabeira e Alex Paulino, estiverem totalmente adaptados.

Os gols sofridos

Dos nove times que o gol sofreu, três foram em chutaços de fora da área, com pouca ou nenhuma chance de defesa para Matheus Nogueira: Breno Santos (Joinville), Marcelo Hermes (Criciúma) e Luiz Felipe (Hercílio Luz).

Outros dois foram diretamente de uma ou mais falhas individuais: Mário Sérgio (Chapecoense), Carvalheira (Chapecoense), na única vez que o Brusque tomou mais de um gol num jogo em 2025. Os gols de Alex Gonçalves (Santa Catarina) e Marlyson (Figueirense) foram originados em contragolpes com desarmes na saída de bola ou no meio-campo.

São gols que não demonstram grandes falhas estruturais e recorrentes na defesa, mas que reforçam a necessidade de atenção que o Brusque, em seus jogos mais recentes, tem demonstrado.

Copa do Brasil

A CBF deve publicar em breve a mudança de local de Brusque x Athletico, em 1º de maio, pela terceira fase da Copa do Brasil. A partida deve ser levada à Arena Joinville, o que faz muito mais sentido do ponto de vista financeiro.

Lembrando que o Augusto Bauer não pode receber jogos da Copa do Brasil por não ter a capacidade mínima de 10 mil lugares exigida para a terceira fase no regulamento da competição. Nada além disso.

Gramado

A próxima novela do Augusto Bauer tem tudo para engrenar a partir de 2026. A CBF permitiu o Brusque jogar a Série C mesmo sem o campo ter o selo FIFA Quality Pro, a mais alta certificação de campos sintéticos. Esta permissão é não apenas ao Brusque, mas a todos os clubes com campos sintéticos que cumprirem alguns requisitos exigidos em ofício.

A certificação FIFA Quality Pro passou a ser exigida no Regulamento Geral de Competições (RGC) de 2025. Não havia esta regra quando a reforma do Augusto Bauer foi executada e o campo sintético foi adquirido, à época, por R$ 2,6 milhões, pelas empresas responsáveis pelas obras. O da Arena Condá, por exemplo, custou R$ 3,6 milhões à Prefeitura de Chapecó neste ano, em um produto que não deverá ter problemas a receber a certificação.

É um problema que não deve incomodar o Brusque até o final da atual temporada, mas Resta saber o que será feito pelo clube a partir de 2026. Se será possível o produto atualmente instalado ser certificado, ou se serão necessárias medidas mais drásticas, sendo que nenhum dos desfechos deverá ter custos suaves.

A princípio, conforme apurações da coluna, o sistema (campo e composto de suporte) estaria sendo submetido a testes da FIFA pela Soccer Grass, empresa que vendeu e instalou o campo sintético do Augusto Bauer. Ainda assim, a certificação FIFA Quality Pro tem seu próprio processo burocrático, que pode passar por realizações de teste até de empresas estrangeiras.


Assista agora mesmo!

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