Quem é a jornalista Patrícia Lélis, foragida do FBI há 82 dias e acusada de fraudes milionárias

Com uma vida rodeada por polêmicas, a jornalista Patrícia Lélis, de 30 anos, é considerada foragida do FBI há 82 dias. Ela é acusada por fraudes financeiras no valor de US$ 700 mil – o equivalente a R$ 3,4 milhões – nos EUA (Estados Unidos da América).

jornalista Patrícia Lélis

A jornalista Patrícia Lélis é considerada foragida do FBI. – Foto: Internet/Reprodução/ND

Além das acusações de fraudes financeiras nos EUA, Patrícia já foi acusada e investigada por crimes no Brasil. Entre eles, denunciação caluniosa, extorsão e calote.

A jornalista ganhou notoriedade nacional em 2016 quando acusou, sem provas, o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) de tentativa de estupro. Ela ainda denunciou um assessor do deputado por sequestro e cárcere privado.

Porém, quem acabou indiciada pela Polícia Civil de São Paulo por denunciação caluniosa e extorsão, foi Patrícia. O juiz do caso arquivou o inquérito devido à falta de elementos mínimos para a propositura de ação penal.

A jornalista também teria afirmado que teve um relacionamento com o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ela disse ter sido ameaçada após o fim do relacionamento.

Em 2018, nas eleições, Patrícia se candidatou ao cargo de deputada, mas não foi eleita. Um grupo de funcionários que trabalhou em sua campanha a acusou de não honrar com os compromissos financeiros.

Supostos crimes da jornalista Patrícia Lélis nos EUA

Já nos EUA, a jornalista é procurada pela Polícia Federal por acusação de fraude contra imigrantes. A Justiça norte-americana revelou, em comunicado divulgado no dia 12 de janeiro, que ela se passou por advogada especializada em imigração e teria aplicado golpes em clientes estrangeiros, chegando a movimentar US$ 700 mil para sua conta pessoal.

Além disso, Lélis teria gerado um prejuízo de até R$ 3,4 milhões nas vítimas – Foto: Patrícia Lélis/Instagram/Reprodução/ND

Segundo as acusações, Patrícia mora em Arlington, nos Estados Unidos, e prometia ajudar clientes a conseguir visto permanente no país e cobrava US$ 270 mil – o equivalente a R$ 1,32 milhão – pelo serviço. A jornalista teria usado o dinheiro para reformar seu banheiro e quitar dívidas de cartão de crédito.

As acusações contra Patrícia incluem fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade agravado. Se condenada, ela pode enfrentar até 20 anos de prisão.

Em uma mensagem no X, antigo Twitter, a jornalista confirmou que está sendo procurada pelas autoridades e se descreveu como “exilada política”, justificando suas ações como uma forma de proteger a si mesma e defender aqueles com quem se identifica politicamente.

“Meu suposto crime: não aceitei que me fizessem de bode expiatório contra aqueles que considero como meus irmãos por cultural e principalmente por lado politico e sim, ‘roubei todas as provas que puder para mostrar o meu lado da história e garantir minha segurança (sic)”, alegou a jornalista.

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