Brusque ultrapassa semana turbulenta e respira com expectativa de pagamento

Brusque SAF salários atrasados

Quem viu o Brusque ficar mais de 40 dias sem técnico, com poucos reforços, salários atrasados, treinador chegando sem pré-temporada e resultados ruins talvez não imaginasse o que seria o Brusque no fim de fevereiro: quarto colocado na primeira fase do Catarinense, marcando gols, com três vitórias consecutivas, classificado à segunda fase da Copa do Brasil, e os jogadores parecendo ignorar suas situações de trabalho quando a bola está rolando.

Na última vez que o Brusque teve uma situação mais externalizada sobre salários atrasados, o time conseguiu até o acesso à Série B. Ainda há alguns jogadores que viveram aquele momento, como Matheus Nogueira, Éverton Alemão, Ianson, Alex Ruan, Rodolfo Potiguar. pouco mais de um ano depois, vivem outra situação complicada, mas, novamente, parecem jogar como se tudo estivessem bem, assim como os demais atletas.

A decisão de não treinar na sexta-feira, 21, é correta. No dia seguinte, a chegada do elenco sem uniformes ao Augusto Bauer até dava a entender que o protesto tomaria proporções dentro de campo.

Nada disso foi problema: 3 a 1 sobre o Hercílio Luz, que vive situação desesperadora. E no terceiro gol, o torcedor poderia muito bem querer pagar o ingresso uma segunda vez e destinar o valor a Gabriel Honório, pelo drible cinematográfico sobre Léo Herrero.

É necessária esta ressalva nas avaliações do desempenho dos jogadores e dos resultados até aqui. O Brusque não começa esta temporada sob as condições de 2020 a 2022, por exemplo. Há problemas grandes no entorno. O time viveu um verdadeiro limbo nas últimas semanas, desde o aceite da proposta de compra da SAF até a assinatura do contrato. Isto desgasta todos os envolvidos, em especial os trabalhadores, que tiveram seus pagamentos atrasados.

Mas, até onde foi informado, o contrato foi 100% assinado. O futebol do Brusque é uma SAF, 90% controlada pelo grupo AVS. Quando o mesmo grupo passou a gerir o Vilafranquense, em 2019, os salários foram quitados rapidamente. É isto que se espera nesta semana, para começar um novo momento, de um Brusque estabilizado e um time preocupado apenas em jogar futebol e vencer.

Ainda é assunto

A Federação Catarinense de Futebol segue pressionando o Brusque em relação a algumas questões do estádio Augusto Bauer. Uma questão tem a ver com as placas de publicidade instaladas no paredão do centro comercial. Outra é a polêmica do bar. O estabelecimento faz reservas para clientes que queiram assistir à partida pela janela, com uma visão privilegiadíssima do campo.

Parece que a FCF considera o bar uma extensão do estádio. O debate é que trata-se de outra matrícula imobiliária, com uma janela direta para outra propriedade. O proprietário do estádio, Carlos Renaux, não se incomoda. Permite, já sabendo que isto seria realizado desde o início das obras. Os donos do bar não vão ceder. Então, como a FCF barraria esta situação?

À primeira vista, parece uma questão muito pequena. Ainda assim, é mais uma amostra de que o Brusque só terá menos problemas deste tipo no dia que tiver uma casa própria. Um sonho sempre distante.

Que venha a Chape

O Brusque recebeu a Chapecoense no Augusto Bauer em 22 de janeiro, no Augusto Bauer, pela terceira rodada. Agora, a Chape é adversária nas quartas de final do Catarinense, em jogo único.

Aquela partida na primeira fase foi uma aberração, com o Brusque entregando dois gols à Chapecoense em falhas clamorosas. A partida tem tudo para ter outra história. O quadricolor demonstra evolução clara, e o adversário, ainda que tenha seus problemas, talvez não dependa só de falhas brusquenses para ameaçar o gol de Matheus Nogueira.

É um praticamente novo campeonato, com um Brusque fortalecido e, pela primeira vez, com uma semana inteira de trabalho até o jogo.

Cai a jaula de vidro

Depois de 11 jogos, a parede de vidro das cabines de imprensa do Augusto Bauer foi aberta e está semelhante ao outro lado. Faltariam algumas adaptações, mas já é uma outra realidade, muito mais suportável. Isto foi conquistado pelos trabalhadores da imprensa após pressão e reclamações de diversos lugares, de Chapecó a Florianópolis, passando por Criciúma e pelo reconhecimento da Associação dos Cronistas Esportivos de Santa Catarina (Acesc).

Espetáculo da Abel

A Abel Moda Vôlei conquistou uma vitória fantástica sobre o Unilife Maringá na noite desta sexta-feira, 21, na Arena Brusque, pela Superliga. O time já está rebaixado à Superliga B de 2026, mas não para de lutar e de tentar encerrar a campanha da melhor forma possível. Já superou sua campanha de 2022-23.

Tem, de muito longe, o menor orçamento da competição. Mas trabalha, trabalha, e trabalha muito. Imagine este time com esta dedicação e mais o investimento condizente com suas necessidades. Não falo de trocados para mera sobrevivência da equipe na Superliga B. Um investimento de verdade, de montar time grande, competitivo, de Superliga, como faz o Joinville na Superliga masculina. Seria um espetáculo.


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