Como foi o desempenho das ações das empresas patrocinadoras dos Jogos Olímpicos

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Associar a imagem aos Jogos Olímpicos pode ter uma relação de causa e efeito, ainda que sem base estatística

 

Com 20 medalhas e ocupando a 20ª posição na tabela, o Brasil fez a segunda melhor participação do país na história das Olimpíadas. O desempenho ficou atrás apenas do obtido em Tóquio 2020. E os bons resultados refletiram além dos esportes. 

Ao todo, 21 marcas patrocinaram o Time Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. O número representa um aumento de 61% em comparação com as Olimpíadas anteriores, no Japão, realizadas em 2021 por causa da pandemia. Dentre elas, nove são negociadas na bolsa brasileira, a B3. 

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Segundo  informações divulgadas pela Globo, principal emissora nacional a transmitir os Jogos Olímpicos, seus canais (TV Globo, Sportv, Globoplay e GE) alcançaram 140,4 milhões de pessoas com conteúdo. Será que a exposição dessas empresas impactou a performance das suas ações?

Pensando nisso, Bruna Sene, analista de renda variável da Rico, analisou o desempenho dessas empresas na bolsa. Confira:

Empresa Ticker Variação (%)
Riachuelo GUAR3 +18,56%
Smartfit SMFT3 +7,30%
Vivo VIVT3 +5,68%
Mormaii TECN3 +7,49%
Neoenergia NEOE3 +4,59%
XP Investimentos XPBR31 +1,14%
Havaianas ALPA4 -1,52%
Estácio YDUQ3 -1,52%
Azul AZUL4 -2,98%

Como as Olimpíadas de Paris 2024 tiveram início em 26 de julho e foram até 11 de agosto, a análise do movimento de preços das ações dos patrocinadores considera o período desde o fechamento dos negócios, em 25 de julho, até a abertura das negociações do dia 12 de agosto.

No levantamento, é possível observar que seis das nove empresas – ou 66% – que patrocinaram o time Brasil tiveram oscilação positiva nas ações durante o período das Olímpiadas. No mesmo período, o Ibovespa, índice de ações de referência do mercado brasileiro, registrou alta de 3,70% no período analisado.

Correlação espúria

“Pode-se dizer que a exposição que os patrocinadores tiveram durante o período dos Jogos Olímpicos pode ter influenciado a decisão de investidores e, consequentemente, impactado o preço das respectivas ações”, explica Bruna. “Porém, afirmar que há uma relação direta (e de causalidade) entre os dois fatores exigiria estudo estatístico detalhado.” 

Entre outros fatores, vale lembrar que a maioria das companhias patrocinadoras do Time Brasil com ações negociadas na bolsa brasileira divulgaram seus resultados corporativos referentes ao segundo trimestre do ano durante o período dos Jogos.  “Essa temporada de resultados costuma adicionar volatilidade às ações, visto que os investidores tendem a ajustar suas posições com base nos números recém conhecidos”, ressalta a analista. 

Assim, apesar da aparente correlação entre a alta das empresas patrocinadoras do Time Brasil e a exposição das marcas durante o período dos Jogos Olímpicos, não se pode afirmar que há relação de “causa e efeito” entre os dois fatores. 

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