Caso Mariane: três são condenados pelo homicídio ocorrido em Itajaí

Na madrugada do Dia Internacional das Mulheres, na última sexta-feira (8), foram condenados os três réus acusados pelo assassinato e ocultação do corpo de Mariane Quele Carmo dos Santos, morta em 2021 em Itajaí.

O marido, a amante e o seu então genro foram acusados pelo Ministério Público de planejar e executar o crime que chocou a comunidade itajaiense há quase três anos. No total, os réus somaram 67 anos de reclusão.

Mariane

Réus somam quase 70 anos de prisão – Foto: Reprodução Facebook

O então marido de Mariane, Joedison Souza dos Santos, foi condenado a 29 anos e seis meses de reclusão e mais sete meses de detenção por homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio).

Além disso, o Pastor Jota, como é conhecido, responde por fraude processual, ocultação de cadáver e corrupção de menores

Shirlene da Silva dos Santos, que mantinha um caso extraconjugal com Joedison, foi condenada a 20 anos, nove meses e 18 dias de reclusão e mais seis meses de detenção.

Já Lucas Prazeres Fernandes, genro de Shirlene na época dos fatos, foi condenado a 18 anos de reclusão e mais seis de detenção.

Lucas e a então sogra foram condenados por homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima), ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menores.

Ao todo, o julgamento levou 17 horas para ser concluído. Todos os condenados vão cumprir a pena em regime inicial fechado e não terão o direito de recorrer em liberdade.

‘Você ainda está viva?’: Mariane foi morta a facadas e jogada em rio

Mariane desapareceu após ser vista pela última vez saindo do local de trabalho ao entrar no carro de sua vizinha e amiga, Shirlene. O corpo da mulher foi encontrado no dia seguinte por pescadores  no Rio Itajaí-Açu com marcas de perfuração pelo corpo.

Autores tentaram simular um assalto, mas foram investigados pela polícia – Foto: Reprodução/ND

As investigações apontaram que Mariane foi golpeada por 24 vezes com uma faca ainda dentro do carro. De acordo com a polícia, além de Shirlene e o genro, um menor de idade participou do assassinato da atendente.

No ato, Mariane chegou a questionar o motivo de tamanha violência. Um dos assassinos teria dito: “você ainda está viva?”, golpeando-a novamente.

O mentor do crime teria sido o próprio marido de Mariane, que tomou a atitude para poder assumir seu relacionamento com a amante.

Com a vítima morta, os autores amarraram os pés e as mãos e a jogaram no rio, já próximo ao município de Navegantes. O objetivo era simular um assalto.

Mariane era de Salvador e deixou uma filha de, na época, 17 anos – Foto: Reprodução Facebook

Joedison chegou a registrar Boletim de Ocorrência e acionar veículos de comunicação para noticiar o “desaparecimento”.

Após alguns dias, a polícia identificou os três condenados como os principais suspeitos pelo crime.

Mariane tinha 35 anos e era natural de Salvador, capital da Bahia. A atendente era vista pelos conhecidos como uma pessoa tranquila e sorridente e deixou uma filha de 17 anos na época.

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