Eu não gosto do termo startup, talvez nem é o termo, é no que ele foi transformado, da mesma forma coach, ou seja, se criou uma referencia que startup não da lucro e a sobrevivência é sempre com dinheiro de fundo de investimento. Esse jogo mudou, montar uma startup, precisa focar no cliente, no crescimento saudável.
Nos últimos anos, o setor de tecnologia não apenas cresceu ele acelerou em ritmo quase exponencial. Empresas que antes eram apenas startups disruptivas se tornaram protagonistas da economia global, enquanto gigantes já consolidados encontraram novas formas de se reinventar, expandir mercados e aumentar receitas.
Aqui trago alguns informações reais do desempenho de algumas de algumas empresas, com foco em crescimento de receita e valorização de mercado. A partir disso, apontamos as tendências e os fatores-chave por trás dessa curva ascendente.
Escalando sem freio
Entre 2018 e 2023, diversas empresas de tecnologia apresentaram um crescimento consistente de receita, impulsionado principalmente por expansão internacional, novos modelos de monetização e maior dependência de soluções digitais por parte das empresas e consumidores.
Google (Alphabet)
A Alphabet, holding do Google, reportou em 2024 um crescimento de 14% na receita anual, superando expectativas do mercado e consolidando suas linhas de receita não apenas em publicidade, mas também em nuvem, inteligência artificial e dispositivos.
Netflix
Apesar do ambiente competitivo com outros players de streaming, a Netflix fechou 2022 com um crescimento de 7% na receita anual, reflexo da sua expansão global e da introdução de novos modelos, como o plano com anúncios e a cobrança por contas compartilhadas.
Amazon
A gigante do e-commerce e nuvem corporativa registrou um crescimento de 12% na receita em 2023, alavancado pelo desempenho da AWS e pela integração de inteligência artificial em toda a cadeia logística.
Após esse movimento de euforia
De 2020 a 2022, o mercado passou por um ciclo intenso de valorização e correção. Durante a pandemia, as ações das empresas de tecnologia dispararam, refletindo o aumento da demanda digital. No entanto, 2022 foi marcado por uma desaceleração, influenciada por alta de juros, inflação e ajustes no apetite de risco dos investidores.
Segundo dados da Statista, a maioria das big techs enfrentou quedas significativas nos preços das ações em 2022. O movimento não significou perda de relevância, mas sim um ajuste natural após um crescimento atípico.
Falando Statista, utilizo muito para entender dados sobre a expansão da Miner ou sobre novos negócios que penso em investir.
Quando a tradição encontra inovação
Nem só de startups vive a inovação. Algumas empresas tradicionais, com décadas de existência, também estão conseguindo crescer e se posicionar como referências em inovação. Aqui estão dois grandes exemplos:
The New York Times
Fundado em 1851, o jornal impresso passou por uma das transformações digitais mais bem sucedidas da indústria da informação. Em vez de resistir ao digital, o NYT adotou uma estratégia focada em conteúdo pago, lançando um modelo de assinatura digital que virou referencia global.
Em 2023, superou a marca de 10 milhões de assinantes digitais, com receita digital ultrapassando a da mídia impressa. Além disso, diversificou com podcasts, newsletters personalizadas, vídeos e novos produtos digitais.
LEGO
Fundada em 1932, a empresa de brinquedos dinamarquesa enfrentou sua maior crise nos anos 2000. Mas em vez de ficar presa ao modelo físico tradicional, a LEGO investiu pesado em digitalização:
- Lançou jogos digitais, apps e experiências interativas.
- Criou filmes e séries animadas em parcerias com gigantes como Star Wars e Marvel.
- Construiu uma base de fãs engajados com plataformas como LEGO Ideas.
Quem aqui não gosta de LEGO ou nunca teve algo da LEGO?
Tradição não é obstáculo. Desde que haja disposição para mudar, empresas podem não só sobreviver à disrupção, como liderá-la.
O que impulsiona essa curva de crescimento?
Empresas que entendem os pilares de inovação e conseguem aplicar a tecnologia de forma estratégica se destacam não apenas pelo crescimento, mas pela capacidade de adaptação diante de novos contextos econômicos e sociais.
O post A curva de crescimento de empresas tech: o que os últimos anos nos ensinam apareceu primeiro em Economia SC.