Ações do Bradesco Sobem 16% na Abertura com Resultado do 1T25

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As ações do Bradesco (BBDC4) estão subindo 15% na manhã desta quinta-feira (8) para R$ 15,09, em uma reação positiva aos resultados acima do esperado no 1T25. O lucro líquido recorrente foi de R$ 5,86 bilhões, avanço de 39,3% na comparação com o 1T24 e de 8,6% frente ao 4T24. O resultado superou as projeções dos analistas. A mediana das projeções era de R$ 5,47 bilhões.

O resultado também agradou por ter vindo da atividade básica do banco. A carteira de crédito expandida cresceu 12,9% na comparação anual e ficou levemente acima de R$ 1 trilhão. O crescimento deveu-se principalmente à expansão de 18,7% nos empréstimos para as empresas.

O aumento do lucro elevou a rentabilidade patrimonial (Return On Equity, ROE), que atingiu 14,4%, um aumento de 4,2 pontos percentuais em relação ao 1T24 e uma alta de 1,7 ponto percentual frente ao 4T24.

Segundo Marcelo Noronha, CEO do banco, o aumento da rentabilidade deve-se aos ganhos de eficiência decorrentes dos investimentos maciços em tecnologia realizados ao longo dos últimos trimestres. “Mas de nada adianta ser eficiente se você não tiver clientes para vender produtos”, disse ele. “Reforçamos nossos relacionamentos com a base de clientes e isso permitiu melhorar muito os resultados.”

A margem financeira total aumentou 13,7% em relação ao primeiro trimestre de 2024, alcançando R$ 17,2 bilhões, mesmo com uma queda de 26,7% na margem com mercado, que representa as operações de tesouraria.

O banco conseguiu emprestar mais e manter a inadimplência sob controle. As despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) caíram 2,2% ante o 1T24 para R$ 7,64 bilhões. A inadimplência, considerando atrasos superiores a 90 dias, recuou para 4,1%, uma queda de 0,9 ponto percentual em comparação a março de 2024. No segmento de pessoas físicas, a taxa de inadimplência diminuiu de 5,5% para 5,1%.

O lucro da seguradora do Bradesco, um dos pontos fortes do banco, cresceu 25,3% ante o 1T24 para R$ 2,44 bilhões. Esse resultado foi impulsionado pela arrecadação de prêmios e pela melhoria nos índices de sinistralidade.

As despesas operacionais totais cresceram 12,3% em comparação anual, totalizando R$ 15 bilhões, mas recuaram 8,6% na comparação trimestral. O índice de Basileia total do banco ficou em 15,4%, acima dos 15,1% registrados um ano antes, indicando uma posição de capital sólida.

 

Guidance

Noronha comentou as perspectivas para 2025, divulgadas no guidance do banco. Ele afirmou sua convicção de que os resultados para carteira de crédito, margem financeira líquida e resultado da seguradora devem ficar acima do ponto médio do guidance para este ano. “As linhas tendem a voltar para o guidance. Uma coisa é estarmos no topo do guidance, outra coisa é estar na ‘banda de cima’. Vemos essas três linhas como na ‘banda de cima’, por isso não revisamos o guidance, porque estamos dentro dos intervalos”, disse Noronha.

Os analistas gostaram do resultado. “O Bradesco apresentou um desempenho sólido no primeiro trimestre, evidenciando recuperação em praticamente todas as linhas do resultado quando comparado ao mesmo período do ano anterior”, escreveu a equipe de análise da Levante Investimentos. “O banco vem demonstrando avanços na rentabilidade, impulsionados pela melhoria da carteira de crédito e pelo crescimento das receitas com prestação de serviços, refletindo maior eficiência na monetização do relacionamento com os clientes.”

Para os analistas do Citi, “este é talvez o primeiro trimestre em que a tendência de receita orgânica sugere uma melhora estrutural, sem saltos relevantes em nenhuma das linhas restantes”. A equipe liderada por Gustavo Schroden afirmou que, apesar dos desafios à frente, “reconhecemos que os esforços do banco estão começando a dar frutos com um perfil de risco mais equilibrado.”

 

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