Assistencialismo: Solução Temporária ou Ilusão de Progresso? Por Pastor Giliard Torquato

Pastor Giliard Torquato escreve artigo sobre o papel do assistencialismo na superação da pobreza. No artigo, Pastor Giliard reconhece a importância dos programas sociais, mas destaca a necessidade de políticas que promovam emprego, educação e autonomia, para que a assistência seja um caminho e não um fim.

Pastor Giliard Torquato escreve sobre a importância do assistencialismo como apoio inicial, defendendo que ele seja aliado a políticas que promovam autonomia e superação da pobreza. Foto: Reprodução/Instagram

O assistencialismo desempenha um papel crucial na vida de milhões de brasileiros, contribuindo para a redução da pobreza e da desigualdade, além de melhorar as condições de vida das famílias beneficiadas. Programas sociais de transferência de renda, como o Bolsa Família, têm sido essenciais para garantir o básico à população mais vulnerável, ajudando no combate à fome e possibilitando acesso a serviços essenciais, como saúde e educação.

No entanto, o assistencialismo também é alvo de críticas, sendo apontado como um paliativo que não resolve as causas estruturais da pobreza. Sem investimentos em geração de emprego, qualificação profissional e desenvolvimento econômico, o auxílio financeiro se torna apenas um alívio temporário, sem proporcionar autonomia às famílias beneficiadas. A falta de oportunidades, a baixa qualidade da educação e a desigualdade social persistem, perpetuando um ciclo de dependência e limitando o crescimento social e econômico das pessoas.

O grande desafio está em transformar o assistencialismo em uma ponte para a emancipação social. Isso significa que políticas públicas devem ir além da simples transferência de renda e focar em estratégias de longo prazo, como a criação de empregos formais, o incentivo ao empreendedorismo e a melhoria do ensino público. Sem esse compromisso, o assistencialismo se torna apenas um mecanismo de sobrevivência, sem perspectiva real de mudança para aqueles que dele dependem.

Portanto, o problema não é a existência de programas assistenciais, mas sim sua permanência sem estratégias concretas para reduzir a dependência da população. A assistência deve ser um meio, e não um fim em si mesmo. Somente com políticas estruturantes e investimentos no futuro será possível romper o ciclo da pobreza e garantir que cada cidadão tenha condições de construir sua própria trajetória com dignidade e autonomia.


Pastor Giliard Torquato (PL) é vereador em Florianópolis.

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