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O Papa Francisco declarou, em 14 de abril, o arquiteto Antoni Gaudí como “venerável”, reconhecendo oficialmente sua “virtude heroica”. A decisão representa o primeiro passo formal rumo à canonização do artista catalão, conhecido por sua religiosidade e pela dedicação à Basílica da Sagrada Família, em Barcelona. Para a canonização, será necessária a comprovação de um milagre atribuído a Gaudí após sua morte.
Chamado de “arquiteto de Deus”, Gaudí dedicou mais de quatro décadas à Sagrada Família, cuja construção teve início em 1883 e permanece inacabada. A basílica foi consagrada em 2010 pelo Papa Bento XVI e, junto a outras obras do arquiteto, é reconhecida como Patrimônio Mundial da Unesco.
Nascido em 1852, na Catalunha, Gaudí se formou em arquitetura pela Universidade de Barcelona. Com estilo singular, viveu os últimos anos de forma austera e profundamente religiosa. Morreu em 1926, aos 73 anos, após ser atropelado por um bonde a caminho da igreja.
A campanha por sua beatificação foi iniciada nos anos 1990 pelo padre José Manuel Almuzara. A Associação pela Beatificação de Antoni Gaudí reuniu documentos sobre sua vida, apoiada pela biografia escrita por Josep Maria Tarragona. Em 2003, os bispos da Catalunha enviaram um dossiê ao Vaticano. Sete anos depois, Gaudí foi declarado “servo de Deus”. Em 2024, tornou-se oficialmente “venerável”.
Apesar dos avanços, o processo enfrentou resistências. Parte da sociedade catalã teme que a beatificação aproprie religiosamente um símbolo nacional. Críticos também apontam que a santidade deve considerar a vida cristã de Gaudí, não apenas sua obra arquitetônica.
Além da Sagrada Família, Gaudí contribuiu para a construção de escolas, hospitais e até o primeiro estádio de futebol da Espanha. Recusou convites para trabalhar em Paris e Nova York, viveu recluso, jejuava com frequência e destinou todos os seus bens à continuação das obras da basílica.
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