

Com o fim do La Niña, clima em Santa Catarina entra em neutralidade – Foto: Deny Campos/ND
O fim do La Niña foi oficialmente declarado pelas principais agências climáticas, incluindo a NOAA dos EUA, marcando a transição para uma fase neutra após três meses de atuação do fenômeno.
Embora breve, o episódio 2024-2025 alterou significativamente os padrões de chuva, especialmente na América do Sul, onde seus efeitos são mais pronunciados.
Caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do Pacífico Equatorial, o fenômeno perdeu força com a normalização das temperaturas na região Niño 3.4, crucial para sua definição. A mudança ocorreu devido à intensificação dos ventos alísios, que redistribuíram as massas de água quente e permitiram o ressurgimento de condições neutras.
O que esperar do tempo em Santa Catarina com o fim do La Niña?
De acordo com o meteorologista Piter Scheuer, Santa Catarina está passando pela influência da neutralidade com o fim do La Niña. “A neutralidade nada mais é do que uma característica, que faz com que o oceano não fique nem frio e nem aquecido, favorecendo um clima mais definido na região sul do Brasil e em Santa Catarina”, explica.

Estado terá períodos de chuva e períodos mais secos, diz meteorologista – Foto: Deny Campos/ND
Scheuer enfatiza que o estado vai prosseguir com chuvas dentro da normalidade em abril. “Pelo menos a princípio, na maior parte das cidades, a primeira quinzena será mais chuvosa e a segunda quinzena um pouco mais seca, mas sem falta de chuva”, alerta.
Piter afirma que, provavelmente, Santa Catarina terá o domínio de temperaturas dentro da normalidade. “Ou seja, fiozinho de manhã e mais aquecido à tarde. Já na serra Catarinense, e em outros pontos do Extremo Oeste, deve haver alguma geada isolada”, destaca.

Geadas devem voltar a ocorrer na Serra Catarinense – Foto: Wagner Urbano/ Reprodução/ ND
Na sequência do mês de maio, a primeira quinzena será com mais chuva e a segunda quinzena com menos chuva, aponta Scheuer. “Pelo menos algum veranico pode ocorrer em maio”, alerta Piter Scheuer.
O meteorologista prevê ainda que as primeiras primeiras massas de ar polar, com potencial para provocar geadas generalizadas, devem surgir em junho principalmente no setor Oeste, Meio-Oeste e Serra catarinense. “Então aos poucos começamos a ter temperaturas de outono dentro das características de inverno”, finaliza o especialista.