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Os últimos 12 meses foram muito favoráveis para os bilionários do planeta. Há mais deles (3.028) do que nunca e estão mais ricos do que jamais estiveram (com um patrimônio combinado de US$ 16,1 trilhões, ou R$ 93,4 trilhões). No geral, a classe bilionária ficou quase US$ 2 trilhões (R$ 11,6 trilhões) mais rica do que no ano passado. Mas os grandes ganhos não foram distribuídos igualmente: US$ 453 bilhões (R$ 2,6 trilhões) desse aumento vieram apenas de dez pessoas extremamente afortunadas.
Esses dez nomes com os maiores ganhos da lista de Bilionários do Mundo da Forbes de 2025 adicionaram dezenas de bilhões — ou, em um caso, mais de US$ 100 bilhões (R$ 580 bilhões) — às suas já enormes fortunas desde o ranking de 2024. Eles fizeram fortuna no varejo, finanças e, principalmente, no setor de tecnologia.
Ninguém no mundo ganhou mais do que Elon Musk, que retomou o título de pessoa mais rica do planeta após um ano excepcional para suas startups SpaceX e xAI, além de uma valorização de 12 meses nas ações da Tesla — apesar de uma recente queda. Musk está US$ 147 bilhões (R$ 852,6 bilhões) mais rico neste ano. Ele é o único bilionário a adicionar nove dígitos ao seu patrimônio desde a lista de 2024.
Oito dos dez são cidadãos dos Estados Unidos, seja por nascimento ou, no caso de Musk, por naturalização. Os outros dois são Lei Jun, cidadão chinês cuja fortuna cresceu 300%, para US$ 43,5 bilhões (R$ 252,3 bilhões), graças à alta demanda por carros elétricos de sua empresa, e Changpeng Zhao, cidadão canadense com um patrimônio estimado em US$ 62,9 bilhões (R$ 364,8 bilhões), impulsionado pelo salto nos mercados de criptomoedas.
Confira, abaixo, os dez bilionários da lista de 2025 da Forbes que mais aumentaram seu patrimônio no último ano, em valores absolutos. Os patrimônios são referentes ao dia 7 de março de 2025.
#10. Alice Walton
Patrimônio: US$ 101 bilhões (R$ 585,8 bilhões) | Ganho desde março de 2024: +US$ 28,7 bilhões (R$ 166,5 bilhões) | Fonte da Fortuna: Walmart | País: EUA
Única filha do fundador do Walmart, Sam Walton (m. 1992), tornou-se a mulher mais rica do mundo em setembro, pela primeira vez desde 2022. Ela ultrapassou a marca de US$ 100 bilhões (R$ 580 bilhões) em novembro, com as ações do Walmart atingindo recordes históricos — alta de mais de 53% em relação ao ano anterior. Alice é mais conhecida por liderar a criação do Crystal Bridges Museum of American Art, na cidade natal da família, Bentonville, no Arkansas. Ela já doou cerca de US$ 1,7 bilhão (R$ 9,9 bilhões) para financiar a nova Alice L. Walton School of Medicine, também em Bentonville.
#9. Changpeng Zhao
Patrimônio: US$ 62,9 bilhões (R$ 364,8 bilhões) | Ganho desde março de 2024: +US$ 29,9 bilhões (R$ 173,4 bilhões) | Fonte da Fortuna: Corretora de criptomoedas | País: Canadá
Conhecido como CZ, é fundador e ex-CEO da Binance, a maior corretora de criptomoedas do mundo. Em novembro de 2023, Zhao renunciou ao cargo como parte de um amplo acordo com autoridades dos EUA. Ele se declarou culpado por não manter um programa eficaz de combate à lavagem de dinheiro e foi condenado a quatro meses de prisão, além de pagar uma multa de US$ 50 milhões (R$ 290 milhões). Seu patrimônio cresceu com o mercado de cripto em alta e após uma investigação da Forbes sobre sua enorme participação no token emitido pela Binance, o BNB.
#8. Larry Page
Patrimônio: US$ 144 bilhões (R$ 835,2 bilhões) | Ganho desde março de 2024: +US$ 30 bilhões (R$ 174 bilhões) | Fonte da Fortuna: Google | País: EUA
Apesar das pressões do Departamento de Justiça para desmembrar o Google, o cofundador e membro do conselho da Alphabet está US$ 30 bilhões mais rico, graças à alta de 30% nas ações da empresa-mãe do Google. Page, que deixou o cargo de CEO da Alphabet em 2019, estaria trabalhando em uma nova empresa que pretende aplicar inteligência artificial na indústria de manufatura.
#7. Jim Walton
Patrimônio: US$ 109 bilhões (R$ 632,2 bilhões) | Ganho desde março de 2024: +US$ 30,6 bilhões (R$ 177,5 bilhões) | Fonte da Fortuna: Walmart | País: EUA
Filho mais novo de Sam Walton (m. 1992), aposentou-se do conselho do Walmart em 2016, passando a vaga ao filho Steuart. Ele continua como presidente do Arvest Bank Group, banco da família que possui ativos de US$ 26 bilhões (R$ 150,8 bilhões).
#6. Jeff Yass
Patrimônio: US$ 59 bilhões (R$ 342,2 bilhões) | Ganho desde março de 2024: +US$ 31,4 bilhões (R$ 182,1 bilhões) | Fonte da Fortuna: Trading, investimentos | País: EUA
Cofundador do Susquehanna International Group, uma das maiores e mais bem-sucedidas firmas de trading de Wall Street, Yass investiu em centenas de empresas privadas pelo mundo, incluindo a ByteDance, dona do TikTok — seu ativo mais valioso, segundo a Forbes. A valorização da ByteDance para US$ 312 bilhões (R$ 1,8 trilhão) nos mercados privados, impulsionada por uma disputa pelo controle do TikTok, aumentou ainda mais sua fortuna.
#4 (empate). Rob Walton
Patrimônio: US$ 110 bilhões (R$ 638 bilhões) | Ganho desde março de 2024: +US$ 32,6 bilhões (R$ 189,1 bilhões) | Fonte da Fortuna: Walmart | País: EUA
Em setembro, tornou-se o primeiro membro da família mais rica dos EUA a entrar no clube dos US$ 100 bilhões (R$ 580 bilhões), impulsionado pela alta nas ações do Walmart. Filho mais velho de Sam Walton (m. 1992), aposentou-se do conselho em junho de 2024, após mais de 40 anos como diretor.
#4 (empate). Lei Jun
Patrimônio: US$ 43,5 bilhões (R$ 252,3 bilhões) | Ganho desde março de 2024: +US$ 32,6 bilhões (R$ 189,1 bilhões) | Fonte da Fortuna: Smartphones | País: China
Dos smartphones acessíveis aos veículos elétricos, a Xiaomi evoluiu muito desde que Lei Jun cofundou a empresa listada em Hong Kong, em 2010. Com a divisão de carros elétricos em alta demanda, as ações subiram mais de 300%. No ano passado, sua fortuna era estimada em US$ 10,9 bilhões (R$ 63,2 bilhões). Ele também preside a empresa de software Kingsoft, listada em Hong Kong, e investe na JOYY Inc., plataforma de redes sociais e streaming listada na Nasdaq (anteriormente chamada YY.com).
#3. Mark Zuckerberg
Patrimônio: US$ 216 bilhões (R$ 1,25 trilhão) | Ganho desde março de 2024: +US$ 39 bilhões (R$ 226,2 bilhões) | Fonte da Fortuna: Facebook | País: EUA
Há pouco tempo, Mark Zuckerberg baniu Donald Trump do Facebook e Instagram após os distúrbios de 6 de janeiro. Uma eleição presidencial depois, o fundador da Meta reaproximou-se do ex-presidente, incluindo o empresário pró-Trump Dana White no conselho da empresa, em janeiro, e coorganizando uma recepção de posse ao lado de vários bilionários republicanos. As ações da Meta subiram quase 25% desde o último ranking, tornando Zuckerberg a segunda pessoa mais rica do mundo pela primeira vez.
#2. Larry Ellison
Patrimônio: US$ 192 bilhões (R$ 1,11 trilhão) | Ganho desde março de 2024: +US$ 51 bilhões (R$ 295,8 bilhões) | Fonte da Fortuna: Oracle | País: EUA
Ellison também tem se mantido próximo de Trump. Ele pode não ter sido o destaque do setor de tecnologia na posse presidencial, mas ficou a poucos metros do presidente durante o anúncio de uma iniciativa de US$ 500 bilhões (R$ 2,9 trilhões) em infraestrutura de inteligência artificial, com apoio da Oracle. Seu patrimônio cresceu US$ 51 bilhões com o avanço da área de IA, que ajudou a elevar as ações da Oracle em 40%.
#1. Elon Musk
Patrimônio: US$ 342 bilhões (R$ 1,98 trilhão) | Ganho desde março de 2024: +US$ 147 bilhões (R$ 852,6 bilhões) | Fonte da Fortuna: Tesla, SpaceX | País: EUA
Graças a um aumento incrível de US$ 147 bilhões em um único ano, Elon Musk é, mais uma vez, a pessoa mais rica do mundo. Todos os seus principais ativos se valorizaram: as ações da Tesla subiram 50% desde o último ranking; a SpaceX está avaliada em US$ 350 bilhões (R$ 2,03 trilhões), quase o dobro do ano anterior; e sua empresa de inteligência artificial, xAI, levantou US$ 6 bilhões (R$ 34,8 bilhões) em novembro com uma avaliação de US$ 50 bilhões (R$ 290 bilhões). Na semana passada, Musk anunciou que a xAI estava adquirindo a X (antigo Twitter) em uma operação inteiramente em ações, avaliando a rede social por mais do que ele pagou em 2022, e impulsionando a xAI para uma avaliação estimada de US$ 80 bilhões (R$ 464 bilhões) — um salto de US$ 30 bilhões (R$ 174 bilhões) em apenas três meses.
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