Avô dá conselhos ao neto da geração baby boomer – Foto: iStock/Reprodução/ND
Quando as palavras implicam no que chamamos de “agressão passiva” — o conceito é mais conhecido em inglês como “passive aggression” a lacuna pode aumentar.
Farley Ledgerwood, um avô inteligente da geração baby boomer percebeu o que ocorre ao ver que o neto fez caretas sutis ou revirou os olhos após um comentário bem-intencionado e sugeriu algumas frases para ter mais empatia e conexão com eles.
6 frases que avós da geração baby boomer dizem aos netos
1) “Suspeito que você esteja ocupado demais para mim”
Você já deixou uma mensagem de voz para um neto e não foi atendida apenas para dizer: “Suspeito que você esteja ocupado demais para mim”?
Essa pode parecer uma observação triste, mas, no fundo, você avô da geração baby boomer está enviando uma mensagem carregada de culpa. Isso implica dizer que os netos fizeram algo errado com suas vidas por terem uma agenda cheia.
A agenda das crianças é cheia de esportes, amigos, aulas e é difícil encontrar tempo para os avós. Porém, lembrá-los de quão indisponíveis eles estão se tornando pode levá-los a evitar os avós ainda mais.
Em vez de achar que os netos o ignoram de propósito, é melhor dizer algo mais direto como: “Sinto falta de falar com você. Quando é conveniente para você?
2) “Quando eu tinha a sua idade…”
As comparações entre as gerações podem ser difíceis, pois os tempos mudam. Se um avô diz aos netos frases como “Quando eu tinha a sua idade, eu já era casado”, ou “Quando eu tinha a sua idade, eu trabalhava em três empregos”, é como dizer: “Por que vocês não fazem o mesmo?”
Como alternativa, Ledgerwood sugere que seus colegas da geração baby boomer demonstrem curiosidade sobre o mundo dos netos ao perguntar algo como: “Conte-me como estão as coisas para você agora. Eu adoraria ouvir sua opinião.”
Avós da geração baby boomer podem entrar em conexão com os netos – Foto: iStock/Reprodução/ND
3) “Estou lhe dizendo isso para o seu próprio bem.”
Normalmente essa frase vem depois de alguma crítica bem-intencionada, talvez sobre aparência, escolhas de carreira ou amizades. Mas, por trás dela, o neto pode ouvir “Você não atende aos meus padrões, mas vou fingir que é para o seu próprio bem”.
Em vez de acumular sugestões não solicitadas, é melhor que os avós da geração baby boomer perguntem: “Você quer minha opinião ou só quer que eu ouça?” Isso permite que os netos se abram em seus próprios termos, sem se sentirem limitados.
4) “Você vai crescer e mudar de ideia”
Sempre que um adolescente diz: “Eu nunca quero ter filhos” ou “Vou viajar o mundo em vez de ir para a faculdade”, uma resposta automática comum de um avô é: “Você vai mudar de ideia quando for mais velho”.
Esta frase pode ser interpretada como “seus sonhos são ingênuos e minha experiência supera sua ambição”. Os avós da geração baby boomer não precisam concordar com todas as escolhas dos netos, mas devem ouvi-las e reconhecê-las como tal.
Algo como “parece um plano interessante, vejo que você pensou bastante sobre isso”. “Diga-me como você vê isso se desenvolvendo” seria uma resposta mais apropriada.
5) “Seu primo nunca reagiria assim”
Nada deixa as crianças mais agitadas do que comparações entre irmãos ou primos. Em vez de incentivar um comportamento melhor, causa ressentimento.
Se uma criança for comparada a um primo que, por exemplo, se destaca nos esportes, ela pode se sentir ofuscada e parar de compartilhar suas próprias conquistas.
É mais eficaz focar na criança à sua frente do que incluir outras pessoas na equação. Se um neto estiver fazendo birra ou ignorando as regras da casa, diga: “Estou preocupado com o seu comportamento neste momento. Como podemos descobrir?”
Esse tipo de abordagem dos avós mantém o foco na questão em questão, não em algum padrão imaginário definido por outro membro da família.
6) “É assim que as coisas são nesta família”
Essa frase era dita por gerações atrás dos baby boomers. “É assim que as coisas são nesta família.” “Não estamos falando de dinheiro, política ou emoções.” Ou “Nós não nos abraçamos, apenas apertamos as mãos”. Essas frases essencialmente fecham qualquer porta para um diálogo significativo.
As crianças de hoje são mais abertas sobre a saúde mental, limites pessoais e relacionamentos. Ignorar o desejo de discutir esses tópicos pode isolá-los.
Às vezes, vale a pena nos perguntar se a “tradição familiar” à qual nos apegamos precisa evoluir. Se quisermos que nossos netos se sintam à vontade para expressar seu verdadeiro eu, talvez seja preciso afrouxar o controle sobre alguns velhos padrões e dizer: “Vamos conversar sobre isso. O que você acha?
