

Operações teriam origem e destino nas cidades de Córdoba e Buenos Aires – Foto: Aerolíneas Argentinas/Facebook
A greve na Argentina, que provocou o cancelamento de 300 voos que partiriam do Brasil em direção ao país vizinho, também afetou no principal terminal de Santa Catarina.
Três operações, que partiriam do Aeroporto de Florianópolis, em direção a duas cidades daquele país, precisaram ser canceladas nesta quinta-feira (10). Os voos seriam realizados pela companhia Aerolíneas Argentinas.
Segundo a Floripa Airport, concessionária que administra o terminal, dois voos tinham como destino a capital argentina e o terceiro, a cidade de Córdoba, capital da província de mesmo nome.

Voos destinados a Florianópolis foram cancelados nesta quinta-feira (10) – Foto: Aerolíneas Argentinas/Facebook
Ao chegar na Argentina, as mesmas aeronaves realizariam o trajeto de volta, com destino a Florianópolis. Como os voos foram afetados pela greve na Argentina, não serão realizados.
Quais os direitos dos passageiros?
A resolução 400/2016, da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), determina que as companhias aéreas comuniquem os passageiros sobre atrasos, cancelamentos e interrupção do serviço imediatamente.
Além disso, a comunicação com o cliente deve ser feita a cada 30 minutos, sobre a situação dos voos em atraso. A companhia também deve garantir assistência material gratuitamente, de acordo com o tempo de espera no aeroporto, conforme regras a seguir:
- A partir de 1 hora: direito à comunicação (internet, telefone etc);
- A partir de 2 horas: direito à alimentação (voucher, refeição, lanche etc);
- A partir de 4 horas: direito a serviço de hospedagem (somente em caso de pernoite no aeroporto) e transporte de ida e volta ao local da hospedagem.
O auxílio material é aplicável somente para passageiros no Brasil, tanto para os aqueles que aguardam no terminal, quanto aos que estejam a bordo da aeronave, com portas abertas.

Movimento de passageiros internacionais aumentou 77% na temporada de verão 2024/2025 – Foto: Ricardo Wolffenbuttel/Secom/ND
O que provocou a greve na Argentina?
A greve na Argentina é liderada pelas principais centrais sindicais do país e começou na quarta-feira (9), com protestos em frente ao Congresso Nacional. A paralisação de 24 horas começou à meia-noite desta quinta-feira (horário local).
As principais pautas dos manifestantes dizem respeito ao salário e aos direitos dos aposentados, à defesa da indústria nacional, à retomada de obras públicas, a um plano nacional de emprego e ao fim da repressão de manifestações sociais pelo governo federal.
Os trabalhadores que aderira à greve na Argentina alegam que estão tendo liberdades e direitos desrespeitados, acusam o governo de favorecer a desigualdade e a injustiça social, e criticam o fato que não há nenhum diálogo ou tentativa de acordo por parte de Milei.
Nas redes sociais, o presidente do país compartilhou uma declaração do ministro da Desregulação e Transformação do Estado, Federico Adolfo Sturzenegger, sobre a greve.
“Uma greve é uma tentativa de extorsão. Ela não nos afeta em absolutamente nada. Seguiremos com nossos objetivos”, disse Milei sobre a greve na Argentina.