

Embora liderem o ranking de endividamento, elas são as mais comprometidas com as renegociações – Foto: Pixabay/Reprodução/ND
As mulheres lideram os índices de endividamento no Brasil, mas também são as que mais se movimentam para renegociar e quitar suas dívidas – com muito mais disciplina que os homens.
Dados recentes mostram que o número de mulheres endividadas ainda é maior do que o de homens. Apesar disso, elas também são mais presentes nos programas de renegociação e demonstram um maior compromisso financeiro.
Segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio), 76,9% das mulheres estavam endividadas em fevereiro de 2025.
A maioria delas faz parte de famílias de baixa renda, sendo muitas vezes a única responsável pelas despesas do lar. Já a Serasa aponta que 93% das mulheres participam ativamente do orçamento doméstico, e 33% são as únicas provedoras.

Um olho no extrato, outro no próximo boleto – Foto: Getty Images/iStockphoto/ND
Crédito negado, informalidade e preocupação com o nome limpo
Além da diferença salarial, outro obstáculo recorrente é a dificuldade de acesso ao crédito. Muitas recorrem à informalidade como forma de sustento, enfrentando juros mais altos e condições menos vantajosas.
Mesmo assim, são elas que fecham 25% mais acordos no Feirão Serasa Limpa Nome. O motivo? A preocupação em manter o CPF limpo e preservar o acesso a financiamentos futuros.
Dupla jornada e boa gestão de dívidas

É na planilha que começa o equilíbrio dos gastos – Foto: Freepik/Reprodução/ND
A sobrecarga da dupla jornada feminina – trabalho formal e doméstico – não impede as mulheres de serem mais organizadas com o orçamento. Mesmo com dívidas, planejam melhor os gastos e evitam comprometer ainda mais a renda.
Segundo especialistas, o que falta não é disciplina financeira, mas oportunidades iguais no mercado e acesso justo a crédito.