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Ludmilla é a maior cantora negra da América Latina, com mais de sete bilhões de streams em plataformas musicais ao longo da carreira.
Depois de rodar o Brasil e passar por Lisboa, a cantora levou sua turnê Numanice, agora na terceira edição, para Miami, nos Estados Unidos, pela primeira vez no último sábado (5). “Foi um projeto em que muitos não acreditaram e eu insisti para sair, porque tinha certeza de que era a cara do público”, disse em entrevista à Forbes para a lista Mulheres de Sucesso, lançada em março de 2023.
Ela tinha razão. Seu projeto “xodó”, lançado em 2020, rendeu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode com Numanice #2 em 2022 e levou 60 mil pessoas ao Engenhão, no Rio de Janeiro, em 2023 – incluindo os fãs que doaram sangue em campanha incentivada pela cantora.
A turnê gerou cerca de 20 mil empregos e a equipe da artista estima faturamento de R$ 185 milhões. “Como a turnê dominou o Brasil, eu sabia que precisava expandir. É a realização de um grande sonho, muito esperado e programado”, disse à Forbes Brasil diretamente dos EUA.
O sucesso, na visão de Ludmilla, vai muito além da infraestrutura da festa: “A essência do Numanice são as músicas. Você pode ouvir quando acorda, quando vai treinar, em uma festa ou no almoço de domingo com a família.”
A cantora acompanha de perto os detalhes de todos os seus shows e projetos, enquanto trabalha com uma equipe de profissionais para garantir a preparação física e mental para enfrentar cinco horas no palco. “Minha dedicação me faz chegar cada vez mais longe. Eu faço milhares de coisas e não meço esforços para alcançar meus objetivos sem passar por cima de ninguém.”
De Duque de Caxias para os maiores palcos do mundo
Natural de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Ludmilla começou a carreira postando vídeos no YouTube como MC Beyoncé (nome artístico que depois abandonou) e hoje está ao lado da própria Beyoncé e de outras grandes artistas como Rihanna e Nicki Minaj no ranking das cantoras pretas mais ouvidas globalmente. “Estar com essas artistas que eu cresci ouvindo e que sou muito fã é uma meta alcançada”, diz ela, que não para por aí. “Sempre que eu alcanço uma meta, eu dobro, e vou dobrando e dobrando.”
Começou no funk e se mostrou uma artista versátil, que vai do pagode ao trap. No ano passado, o Google Trends registrou um pico de buscas pelo seu nome, depois que Ludmilla subiu ao palco do Coachella, na Califórnia, anunciada pela voz de Beyoncé. Foi a primeira afro-latina a se apresentar no palco principal de um dos maiores festivais de música do mundo.
Maternidade, turnê e novo álbum
Entre a turnê Numanice, que deve terminar em julho com show no Rio de Janeiro, e o lançamento do seu novo álbum de R&B ainda este ano, Ludmilla conta como gerencia seu tempo e energia. “Cuido muito da minha cabeça e vou tentando conciliar tudo.”
O principal projeto, no entanto, é a chegada da primeira filha, Zuri, com sua esposa Brunna Gonçalves. “Não faço ideia de como é ter um filho, mas também estou me preparando para isso.”

Ludmilla e Brunna Gonçalves esperam a primeira filha, Zuri
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