As mudanças no sistema de coleta de esgoto e a cobrança de uma taxa extra de 10,72% monopolizaram as falas na sessão da Câmara de Blumenau nesta quinta-feira. Houve a convocação do diretor-presidente do Samae para responder às dúvidas dos vereadores e também dele, de um representante da BRK e da AGIR para comparecerem à Comissão de Educação, que tem no seu guarda-chuva o tema “Saúde Pública”.
Na defesa dos requerimentos, muitos vereadores se pronunciaram sobre o tema.
E depois, nas manifestações individuais, as falas prosseguiram. A mais contundente foi do vereador Almir Vieira, que disse que é um verdadeiro “assalto à mão armada aos blumenauenses” e que os parlamentares e a população estão sendo feitos de palhaços, referindo-se ao reajuste, e deixou claro que ele não passou pela Câmara. Também criticou o novo modelo de colocação de fossas individuais e utilização de caminhões, que passará a ser exclusiva da concessionária.
A fala do vereador Almir pode ser conferida aqui.
Professor Gilson (União) também foi contundente. Afirmou que não houve discussão com a sociedade sobre a colocação de fossas individuais e utilização de caminhões. Diego Nasato (Novo) disse que monopolizar o serviço de limpeza de fossa pela concessionária e cobrar o dobro é “uma insanidade e uma injustiça com as empresas de saneamento e com os moradores.”
Poucos vereadores não tocaram no assunto. E alguns poucos que tentaram contemporizar e defender a atual gestão apontaram que o aditivo é do ano passado. É verdade, o aditivo é do ano passado, mas foi assinado no final de março, por esta gestão.
O problema que vai respingar para o cidadão não é responsabilidade de Mário Hildebrandt (PL) e muito menos de Egidio Ferrari (PL). É um problema que se arrasta desde o começo da concessão, na gestão de João Paulo Kleinubing, e que se desenrolou, favoravelmente à concessionária, agora.
E quem vai pagar é a população.