30 anos sem Kurt Cobain: vida, legado, sucesso e trágica morte de um ícone do rock mundial

Em 5 de abril de 1994, os fãs de rock ficaram em choque ao saber da prematura morte de um dos músicos mais influentes do mundo: o lendário líder da banda Nirvana, Kurt Cobain.

A notícia também deixou um vazio na cena musical, que é sentido ainda hoje. O legado de Cobain continua a ser influente, mesmo após 30 anos de sua morte.

Kurt Cobain era o líder do Nirvana, que explodiu na década de 1990 – Foto: Reprodução

O artista inspirou uma geração inteira, mas também trouxe à tona questões profundas sobre a saúde mental e como lidar com os desafios da fama.

Fama, sucesso e problemas do líder do Nirvana

Nascido para ser uma lenda e estrela do rock, Kurt Cobain encontrou a fama e o sucesso com a banda Nirvana, que desafiou gerações e convenções musicais.

A sonoridade do Nirvana capturou o espírito de toda uma geração, como em uma frase de uma das músicas mais emblemáticas da banda: “Here we are now, entertain us”. (“Aqui estamos, venha nos entreter”).

No entanto, por trás do artista rockstar, Kurt Cobain enfrentava uma batalha interna contra a depressão e também o vício em drogas.

Kurt Cobain líder da banda Nirvana se suicidou em 1994 após fugir de uma clínica de reabilitação – Foto: Reprodução/Youtube

Impulsionada pela profundidade das letras e uma sonoridade inovadora, a música conquistou o mundo.

Porém, o peso da fama e das expectativas criadas por todos foi um peso avassalador para Cobain.

Apesar do sucesso, o artista lutava para encontrar a felicidade e o propósito na vida.

As letras refletiam sua luta contra a depressão e também um profundo desespero, alienação e algumas, inclusive, com gritos de agonia e sem sentido, como em “Tourette’s”, por exemplo.

Legado de Kurt Cobain

O legado de Kurt Cobain transcende a música. A morte do artista trouxe aspectos importantes sobre a saúde mental e a pressão da fama na vida dos artistas.

A autenticidade e vulnerabilidade de Cobain o tornaram um ícone para uma geração, que procurava por uma voz para conseguir lidar com suas próprias lutas internas.

Kurt Cobain, líder da banda Nirvana, que influenciou gerações através de sua música de espírito rebelde e intransigente – Foto: Reprodução/Youtube

O impacto cultural do Nirvana ainda é sentido até hoje com a música de espírito rebelde e intransigente através das letras de Cobain e permanece influenciando nova geração de artistas e inspirando fãs em todo o mundo.

Foi uma chacoalhada importante na história música tanto quanto foi com a cena do punk rock, em 1976 e 1977, que tinha os “Ramones”, como inspiradores e também “Sex Pistols” e “The Clash”.

Nesse caso, o Nirvana e o grunge surgiram como o centro do universo.

A depressão de Kurt se manifestou pouco menos de dois anos após ele ter varrido os medalhões do topo das paradas norte-americanas com uma música contagiante, meio tosca, melódica, mas muito profunda.

Morte de um ícone 

“O pior crime que posso imaginar seria enganar as pessoas, fingindo como se eu estivesse me divertindo 100%”, escreveu ele em 5 de abril de 1994 num bilhete para o amigo (imaginário) de infância Boddah.

Nesse período, Kurt tinha se refugiado em casa, enquanto a mulher Courtney Love, os amigos e a família achavam que ele estava em uma clínica de reabilitação, em Los Angeles.

Poucos dias depois de ter fugido de um centro de reabilitação e voltar para Seattle, Cobain se fechou um casa, se drogou com heroína preta mexicana e se matou com um tiro de espingarda no céu da boca.

O paradeiro do artista foi descoberto três dias depois por um eletricista que cuidava de sistema de segurança na vizinhança e viu um corpo pela janela.

Enquanto o mundo se lembra de Cobain, é importante lembrar as lutas pessoas que o consumiram como a fama inesperada rapidamente e destacar as formas de lidar com a saúde mental, em meio às pressões da vida moderna.