Alysson, do DNIT-SC: “O histórico de SC é federalizar rodovias, não o contrário”

Foto: Rodolfo Espínola/AgênciaAL

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) concluiu neste mês de março um pacote de obras emergenciais na BR-282/SC, beneficiando os municípios de Alfredo Wagner, São José do Cerrito e Vargem. As intervenções foram realizadas entre os quilômetros 103 e 325, garantindo mais segurança e melhor trafegabilidade em uma das principais rodovias do estado.

Com um investimento aproximado de R$ 70 milhões do Governo Federal, as obras incluíram a construção de muros de gabiões (estruturas de contenção com pedras), cortinas atirantadas e a recuperação da pista, além de outras melhorias necessárias devido aos impactos causados pelos eventos climáticos extremos de 2023. Naquele ano, a região sofreu com fortes chuvas, que resultaram em quedas de árvores, deslizamentos de terra, alagamentos e ruptura de solo.

A BR-282/SC é um dos principais corredores logísticos de Santa Catarina, atravessando o estado de leste a oeste em uma extensão superior a 600 quilômetros. A rodovia é fundamental para o transporte de cargas e o deslocamento de pessoas, conectando a Grande Florianópolis à Serra Catarinense e ao Oeste do estado.

O superintendente regional do DNIT em Santa Catarina, Alysson Rodrigo de Andrade, destacou a importância do investimento na malha rodoviária federal e ressaltou o papel do órgão na gestão e manutenção das estradas. Segundo ele, a federalização de rodovias estaduais tem sido um caminho viável para garantir melhores condições de tráfego e conservação.

“O estado de Santa Catarina tem um histórico de federalizações de rodovias estaduais e não o contrário. Nós federalizamos a BR-470, trechos da BR-280, que no passado eram estaduais e, por conta da falta de conservação e fiscalização, foram federalizadas e hoje estão em fase de duplicação. Havia também trechos da própria BR-163, que hoje é uma das melhores rodovias do estado em pavimento rígido e ampliação de capacidade de execução. Há cerca de dois ou três anos, essa rodovia era considerada uma das piores do estado e do Brasil, pois antes era estadual e não tinha uma estrutura condizente com seu volume de tráfego.”

Alysson Rodrigo de Andrade também enfatizou que a federalização de rodovias estaduais tem sido analisada com equilíbrio pelo DNIT, sempre levando em consideração a capacidade de gestão e manutenção do estado e da União.

“Existem outros estudos avançados, como a SC-283 e a SC-477, mas aqui no DNIT buscamos avançar com equilíbrio. Quando acumulamos bons orçamentos, avaliamos a gestão de forma adequada e, aos poucos, incorporamos rodovias com menor estrutura e capacidade de manutenção pelo estado. O estado de Santa Catarina tem cerca de 5 mil quilômetros de rodovias pavimentadas e mil não pavimentadas, enquanto o DNIT administra 1.600 quilômetros de rodovias federais, que possuem um volume de tráfego muito superior ao das rodovias estaduais. Portanto, a federalização é um movimento mais plausível e condizente com a realidade dos entes estaduais e federais.”

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